Mercados

Dólar tem dia de euforia após eleição, na maior queda diária desde junho de 2018

03 out 2022, 18:01 - atualizado em 03 out 2022, 18:01
Urna Eletrônica
Dólar derreteu com investidores digerindo uma disputa mais acirrada do que o previsto entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno das eleições (Imagem: Roberto Jayme/Ascom/TSE)

O dólar à vista fechou em forte queda de 4,4% em relação ao real, cotado a R$ 5,17 para venda, sendo o maior recuo diário desde 8 de junho de 2018 – quando registrou forte desvalorização de 5,5%. À época, o Brasil passava pelo desfecho da greve dos caminhoneiros que assombrou os ativos domésticos.

Mais de quatro anos depois, o mercado respirou aliviado após o fim do primeiro turno das eleições, no qual sacramentou uma disputa mais acirrada do que a prevista entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição pelo PL.

Lula, que liderou nas urnas ontem com 48,43% dos votos, e Bolsonaro duelam o segundo turno, com votação marcada para 30 de outubro.

Alívio pós-primeiro turno

O gerente de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek, destaca que houve um grande movimento de desmonte de posições no mercado local.

Céu de brigadeiro do dólar não deve durar muitos dias. Entenda

Para o sócio-diretor da Pronto Invest, Vanei Nagem, o investidor local e estrangeiro se protegeram de possíveis reações adversas do presidente Bolsonaro em relação ao resultado das urnas, caso o petista fosse eleito em primeiro turno, como indicou pesquisas eleitorais, na semana passada.

“Ele contestou várias vezes a eficácia das urnas eletrônicas. O investidor estrangeiro, que tem uma leitura mais fria, ficou com receio de atos antidemocráticos por parte do presidente”, comenta.

Amanhã

Agentes do mercado seguirão atentos ao desenvolvimento das campanhas de Lula e de Bolsonaro nos próximos dias, tendo como ponto de chave, a princípio, o apoio político que receberão.

Os dois candidatos miram os eleitores de Simone Tebet (MDB) e de Ciro Gomes que, juntos, somaram 8,5 milhões de votos e ficaram em terceiro e quarto lugar, respectivamente.

Nagem, porém, lembra que o dólar deverá passar por correção nos próximos dias voltando a se alinhar ao exterior, onde “nada mudou” desde o último pregão.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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