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É hora de comprar Via (VIIA3) após ação disparar 11,5%?

03 ago 2022, 17:44 - atualizado em 03 ago 2022, 17:44
Via Varejo Casas Bahia
Luiz Ciardi, especialista em mercado da n2, lembra que os papéis de varejistas são inversamente proporcionais à curva de juros  (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

A ação da Via (VIIA3) foi destaque de alta na sessão desta quarta-feira (3), em dia em que o Banco Central se reúne para definir os destinos dos juros brasileiros.

Com isso, o papel subiu 11,49%, a R$ 2,62.

Luiz Ciardi, especialista em mercado da n2, lembra que os papéis de varejistas são inversamente proporcionais à curva de juros e à alta da inflação. O alívio de hoje vem com a aposta de que essa é o último aumento do ano.

Na visão de Leandro Petrokas, diretor de Research e sócio da Quantzed, o mercado começa a entender que essa eventual parada da alta dos juros por conta do BC já reflete isso nas taxas de juros de mercado, com rotation de setores que estão migrando para setores que estavam bem depreciados.

Hora de investir?

Fabrício Gonçalvez CEO da BOX Asset Management, diz que o cenário pela frente é bastante incerto.

“É preciso ter bastante cautela para investir em ativos de maior volatilidade e com uma dinâmica mais cíclica”, diz.

No último mês, o BTG Pactual atualizou as estimativas de Via com recomendação neutra. O banco cortou o preço-alvo de R$ 8 para R$ 4.

Analistas do banco projetam um cenário ainda desafiador pela frente, com o e-commerce local desacelerando nas principais categorias (eletrônicos e eletrodomésticos) e a competição se tornando cada vez mais evidente no setor.

No caso da Via, as provisões anunciadas para os próximos anos devem continuar pressionando os resultados da companhia.

Victoria Minatto, analista de varejo da Benndorf, afirma que com a inflação alta, as ações de consumo tendem a sofrer mais volatilidade, em especial as mais afetadas pelo cenário macro, como Via e Magalu (MGLU3), que possuem um ticket médio mais alto (muito dependentes de linha branca).

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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