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Ecorodovias tem recuperação lenta, mas vai ganhar muito com reequilíbrios contratuais

11 mar 2021, 13:16 - atualizado em 11 mar 2021, 13:16
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Analistas do Safra enxergam um potencial de valorização significativo para as ações da Ecorodovias (Imagem: Twitter/Ecoponte)

A Ecorodovias (ECOR3) ainda sente os impactos causados pela pandemia do coronavírus. Segundo o Safra, os resultados neutros reportados pela companhia ontem à noite mostraram que a recuperação está acontecendo, mas de forma gradual.

O tráfego nas estradas com pedágio está se recuperando gradualmente (+2,8% em relação aos últimos três meses de 2019), puxando o aumento de 3,5% na receita líquida, que totalizou R$ 832 milhões no período.

No entanto, a melhora nas rodovias foi ofuscada pelas despesas não recorrentes. Os custos caixa ajustado, excluindo custos de construção, provisões para manutenção e despesas de depreciação e amortização, saltaram 31% no comparativo anual, para R$ 354 milhões. Desconsiderando os efeitos não recorrentes, os custos caixa ajustado aumentaram 9%.

Além disso, uma baixa contábil de R$ 616 milhões referente ao contrato de concessão do Ecoporto Santos levou a companhia a anunciar prejuízo de R$ 630,7 milhões no trimestre, contra lucro de R$ 79,2 milhões entre outubro e dezembro de 2019. Excluindo os efeitos não recorrentes, a Ecorodovias lucrou R$ 55,3 milhões, queda de 39,2% ano a ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pró-forma apresentou queda de 7,1% e totalizou R$ 550,1 milhões.

Outperform

Apesar dos números neutros, o Safra decidiu manter a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) da Ecorodovias. Os analistas enxergam um potencial de valorização significativo para as ações da empresa. O preço-alvo indicado é de R$ 18,80, o que implica um upside de 77% em relação à cotação do fechamento de ontem.

Um dos principais gatilhos para os papéis da companhia é o potencial anúncio do reequilíbrio econômico dos contratos de concessões em São Paulo. O Safra espera que as grandes compensações para mitigar perdas sejam convertidas em extensões de termos de contratos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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