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Eleições 2022: “Se Bolsonaro vencer, céu será o limite para investidores”, diz analista

03 out 2022, 16:13 - atualizado em 03 out 2022, 16:13
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Rindo à toa: vitória de Bolsonaro no segundo turno das eleições, somada a Congresso mais direitista, é o sonho dos investidores (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A disparada do Ibovespa, nesta segunda-feira (02) pós-primeiro turno, pode ser apenas um aperitivo do que acontecerá, se o presidente Jair Bolsonaro (PL) for reeleito em 30 de outubro. A avaliação é do cientista político Luciano Dias.

“Se Bolsonaro vencer, o céu será o limite para os investidores”, afirmou Dias, em live realizada nesta manhã pelo Market Makers, criado por Thiago Salomão e Renato Santiago, dois dos maiores produtores de conteúdo sobre investimentos do Brasil.

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Segundo o cientista político, para virar o jogo, Bolsonaro deverá abandonar as pautas de costumes e focar em temas econômicos no segundo turno. Com isso, terá condições de disputar os eleitores de centro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que sonhava vencer ontem, mas terminou com cerca de 48% dos votos válidos.

Dias explica que uma eventual vitória de Bolsonaro, conjugada com o perfil mais direitista do Congresso eleito para a legislatura de 2023 a 2026, teria o potencial de destravar pautas importantes, como as tão aguardadas reformas.

Bolsonaro seria ótimo, mas Lula não assusta

Mas, mesmo que Lula consiga manter a vantagem e vença a eleição, o mercado também terá o que comemorar, segundo o analista. O motivo é que, ao enfrentar o segundo turno, o ex-sindicalista terá também de moderar seu discurso e selar pactos com setores políticos de centro.

Assista à análise de Luciano Dias sobre as eleições, feita pelo Market Makers

“Não há mais o menor risco legislativo, a menor possibilidade de um programa econômico radical; de qualquer reversão radical de reformas”, explica, em alusão às declarações de Lula de que anularia, entre outras, a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer, ou o fim do teto de gastos, também aprovado naquela época.

“Do ponto de vista dos resultados de ontem, a gente pode dizer com muita confiança que o mercado venceu”, resume Dias. “A agenda do mercado venceu a eleição parlamentar.”

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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