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ELET3: BBA retoma cobertura e cita Wilson Ferreira Júnior como nome provável para cargo de CEO

25 jul 2022, 13:11 - atualizado em 25 jul 2022, 13:11
Eletrobras
Um nome provável para comandar a empresa elétrica recém-privatizada é Wilson Ferreira Júnior, que recentemente renunciou ao cargo de CEO da Vibra Energia (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Os principais gatilhos para a ação da Eletrobras (ELET3) agora são a eleição dos conselheiros de administração da companhia e a nomeação do novo CEO, diz o Itaú BBA.

Segundo analistas da instituição, um nome provável para comandar a empresa elétrica recém-privatizada é Wilson Ferreira Júnior, que recentemente renunciou ao cargo de CEO da Vibra Energia (VBBR3).

Em fato relevante divulgado na última quarta-feira (20), a Vibra comunicou a renúncia de Ferreira Júnior, relatando a intenção do executivo de “buscar novos desafios em sua trajetória profissional”.

Uma fonte com conhecimento do assunto e ouvida pela Reuters disse que o retorno de Ferreira Júnior à empresa recém-privatizada é “bem possível”, embora ainda não esteja formalizado.

De acordo com essa fonte, a formalização deve acontecer após a eleição do novo conselho de administração da companhia.

A Eletrobras deve confirmar a volta de Ferreira Júnior à companhia no início de agosto, segundo o Estadão.

Ferreira Júnior ocupou o cargo de CEO da Eletrobras entre 2016 e 2021. O executivo renunciou à direção após conduzir o processo de reestruturação, pautado em redução de custos, venda de participações societárias e saída do segmento de distribuição de energia, que levou à melhora dos resultados da companhia.

Retomada de cobertura

O BBA retomou a cobertura da Eletrobras com recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado) e preço-alvo para o fim de 2022 de R$ 62.

A instituição tem o papel como top pick no setor de utilidades básicas por quatro principais motivos:

  1. o grande tamanho da empresa;
  2. o valuation bastante atrativo;
  3. a forte geração de caixa; e
  4. a habilidade de pagar um dividend yield (rendimento do dividendo) alto no médio prazo.

Segundo o BBA, agora que deixou de ser controlada pelo governo, a companhia não está mais “acorrentada”.

“O time de administração terá muito mais flexibilidade para implementar as mudanças que pode transformá-la em uma das melhores empresas de utilidades básicas do mundo”, afirmam Marcelo Sa, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia, em relatório divulgado nesta segunda-feira (25).

Como uma companhia privatizada, a Eletrobras não estará sujeita a restrições de contratação ou demissão de funcionários, destaca o BBA. Além disso, a companhia terá maior flexibilidade para contratar serviços terceirizados sem ter que começar um processo de licitação complexo.

O BBA afirma ainda que a Eletrobras conseguirá seguir com a reestruturação da base de acionistas, visando simplificar a estrutura e acelerar o uso de créditos tributários.

Outro ponto levantado pelos analistas é o corte de custos. O BBA estima uma redução total de R$ 4,6 bilhões nas despesas controláveis da Eletrobras, com potencial para mais cortes.

Revisão de estimativas

O BBA incluiu nas estimativas a consolidação da Santo Antônio Energia. Paralelamente, a instituição passou a não considerar os resultados da Eletronuclear, visto que a Eletrobras terá apenas 36% das ações votantes.

O BBA também atualizou a curva de preços de energia para os próximos anos, reduzindo a projeção para 2022-23 a fim de capturar a queda dos preços de energia spot.

O novo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) projetado para o fim do ano é de R$ 11,49 bilhões, queda de 24,1% em relação à estimativa anterior.

Excluindo provisões, o resultado esperado é de R$ 16,61 bilhões, acima do consenso do mercado.

O lucro líquido projetado é de R$ 4,93 bilhões, com expectativa de crescimento para os próximos anos (R$ 8,07 bilhões em 2023, R$ 14,75 bilhões em 2024 e R$ 15,92 bilhões em 2025).

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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