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Eletrobras dispara 6% após sinal verde do Senado para capitalização

18 jun 2021, 18:22 - atualizado em 18 jun 2021, 19:20
Eletrobras ELET3
A oferta de ações da Eletrobras deve levantar ao menos R$ 25 bilhões, de acordo com expectativa já divulgada por integrantes do governo (Imagem: Reprodução)

As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) fecharam em forte alta na sessão desta sexta-feira (18) após o Senado, por 42 votos favoráveis e 37 contrários, aprovar a capitalização da estatal.

Com isso, as ações ordinárias da elétrica subiram 5,98%, a R$ 46,22.

Como o relatório modificou a proposta encaminhada pelos deputados, a MP deve retornar à Câmara para uma segunda análise, o que deve acontecer na próxima segunda-feira, conforme previsão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Pelo texto aprovado no Senado, a desestatização será executada na modalidade do aumento do capital social, por meio da subscrição pública de ações ordinárias com renúncia do direito pela União, que detém 61% na empresa e terá sua fatia diluída

A oferta de ações da Eletrobras deve levantar ao menos R$ 25 bilhões, de acordo com expectativa já divulgada por integrantes do governo, para que a empresa pague esse montante ao Tesouro em outorgas pela renovação de contratos de hidrelétricas.

Ele explica que os benefícios da privatização superam os desafios trazidos por alguns “jabutis” da MP e que os preços atuais das ações parecem atraentes. (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Vale a pena comprar, mesmo com jabutis?

Os analistas do Banco Safra elevaram a recomendação para as ações da Eletrobras para compra após avaliarem uma chance de 100% para a privatização da estatal.

“Acreditamos que a Câmara dos Deputados deve aprovar o projeto dentro do prazo da MP e também avaliamos que a privatização deve ser implementada com sucesso em 2022″, explica Daniel Travitzky em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (18) e obtido pelo Money Times.

Ele explica que os benefícios da privatização superam os desafios trazidos por alguns “jabutis” da MP e que os preços atuais das ações parecem atraentes.

“O principal risco para nossa tese é o tempo para a conclusão da privatização. O cronograma esperado é o primeiro trimestre de 2022, mas a eleição do próximo ano pode atrasar o processo, trazendo volatilidade”, aponta Travitzky.

R$ 17 no preço da ação

Já o Bank of America estima que a privatização da Eletrobras pode adicionar até R$ 17 ao preço-alvo R$ 47 para as ações ordinárias.

Segundo um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (18) e obtido pelo Money Times, apesar de alguns termos indesejáveis na lei, como obrigações de expansão de capacidade, privatização também é vista como muito positiva para o setor.

Os analistas Arthur Pereira, Murilo Freiberger e Gustavo Faria citam uma melhor dinâmica de preços de energia (especialmente no mercado regulado) e uma menor percepção de risco sobre o setor.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.