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Entre 28 carteiras, Vale (VALE3) perde força e petroleira júnior é eleita a melhor ação para fevereiro

07 fev 2023, 11:56 - atualizado em 07 fev 2023, 13:10
Vale
Genial Investimentos retirou as ações da Vale da carteira (Imagem: Bloomberg)

Um bancão e uma petroleira júnior superaram a Vale (VALE3) como a ação favorita dos analistas. De 20 recomendações no mês anterior, a mineradora passou a fazer parte de 17 carteiras recomendadas mensais em fevereiro, de acordo com um levantamento elaborado pelo Money Times.

A Genial Investimentos retirou as ações da Vale da carteira. Em relatório recente, a corretora reiterou a recomendação de “manter” para a companhia, com preço-alvo de R$ 105.

A Genial trabalha com um cenário menos otimista em relação ao consenso quanto à força da recuperação da economia chinesa. Na avaliação dos analistas, existe certo nível de especulação nos preços do minério de ferro e, por consequência, na alta volatilidade das ações expostas à commodity.

“Esses movimentos costumam ser muito eufóricos pelo mercado, que na maioria das vezes, erra a mão na intensidade”, comentou a Genial, em relatório divulgado na semana passada.

A corretora avalia que há atualmente um risco maior de as altas serem baseadas em “expectativas futuras irreais” sobre o aumento do consumo na China.

Vez de ITUB4 e PRIO3

As ações de Itaú (ITUB4) e PetroRio (PRIO3) tiveram o maior número de indicações nas carteiras de ações para fevereiro. Os papéis empataram em primeiro lugar, com 18 recomendações cada.

O Itaú é o banco que está melhor posicionado no mercado, avalia a EQI Research, que cita “a carteira com a maior qualidade de crédito”. Além disso, a instituição não espera que o Itaú amplie significativamente seu nível de provisionamento, como seus rivais têm feito.

A EQI menciona ainda que o valuation da ação está atrativo, negociada a 7 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2023, o que representa um desconto em relação à média histórica de 8,5 vezes e “amplia a margem de segurança caso o cenário macroeconômico seja mais desafiador que o esperado e o crescimento projetado não aconteça”.

PetroRio
Ação da PRIO pode entregar mais, mesmo após forte desempenho, avalia BTG (Imagem: Divulgação/ PetroRio)

A PRIO também está presente no portfólio da EQI. Ela é a ação favorita dentro do setor de óleo e gás. O time de análise acredita que os preços do petróleo podem se manter em patamares historicamente elevados no curto prazo, e a companhia estaria bem posicionada para se beneficiar desse cenário.

“A PRIO é uma ótima operadora e está entregando resultados consistentes nos últimos trimestres. Além disso, acreditamos que a empresa é menos exposta aos fatores políticos brasileiros”, afirma a EQI.

Para o BTG Pactual, mesmo após um desempenho forte nos últimos 12 meses, a ação da PRIO pode entregar mais. Segundo o banco, a empresa se encontra em uma posição única dentro do setor: forte curva de crescimento da produção, espaço para reduzir ainda mais os custos e bem capitalizada, “o que deve permitir aproveitar oportunidades que ninguém mais pode”.

“Mesmo que nenhuma fusão e aquisição seja entregue no curto prazo, achamos que a empresa poderá distribuir dividendos altos em breve”, acrescenta.

Com os riscos políticos presentes na tese da Petrobras (PETR4), o BTG vê a PRIO como um dos “melhores veículos de investimento” para quem quer se expor ao setor de óleo e gás no Brasil. Como a EQI, a instituição adota uma visão otimista para os preços elevados do petróleo.

Empresa Ticker Indicações
Itaú Unibanco ITUB4 18
PRIO PRIO3 18
Vale VALE3 17
Assaí ASAI3 10
Banco do Brasil BBAS3 8
Multiplan MULT3 7
BB Seguridade BBSE3 7
Equatorial EQTL3 7
Hypera HYPE3 7

Levantamento

O levantamento do Money Times foi realizado com base em informações de carteiras recomendadas divulgadas por 28 instituições. Para fevereiro, foram indicadas 89 ações, somando 264 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora InvestimentosAtiva Investimentos, BB Investimentos, Benndorf, BTG Pactual, CM CapitalElevenEmpiricus, Empiricus Investimentos, Genial InvestimentosGuide InvestimentosInter, Itaú BBA, LevanteMirae Asset, MyCapModalmais, Nova Futura, Órama, Planner, RB Investimentos, Banco Safra, SantanderTerra Investimentos, XP Investimentos, Warren, PagBank e EQI Research.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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