Em parceria com Coinbase Custody, plataforma Compound lança token de governança

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Compound, protocolo formador de mercado das finanças descentralizadas (DeFi), está oficialmente agindo para descentralizar a natureza de sua governança ao apresentar um modelo baseado em token nesta quinta-feira.

A abordagem baseada em token foi divulgada no fim de fevereiro, após uma rodada de financiamento “Series A”  (para a otimização de sua base de usuários e de sua oferta de produto) de US$ 25 milhões em dezembro de 2019.

De acordo com Loanscan, que rastreia a atividade de empréstimo no ecossistema DeFi, Compound é o segundo protocolo de empréstimos mais importante no setor, com mais de US$ 24 milhões em dívidas pendentes.

De acordo com o CEO Robert Leshner, o processo de descentralização será gradual, com a capacidade de ponderar sobre a distribuição da governança entre acionistas ao longo do tempo.

Leshner contou ao The Block, em entrevista nessa quarta-feira, 15, que “amanhã [quinta-feira], migraremos de um administrador centralizado, que executa o protocolo, para ter uma governança de comunidade descentralizada como um protocolo, operada por detentores do token COMP”.

“Amanhã será o dia em que estará disponível, quando nós finalmente migrarmos para a descentralização. Será um grande dia para nós”, acrescentou ele. O sistema está no ar, de acordo com a equipe da Compound.

We're extremely proud to announce that community governance has replaced the administrator of the Compound protocol. From this point forward, all changes (from supported assets, to system parameters) will originate from COMP token-holders.https://t.co/AchhCwRrCL

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— Compound Labs (@compoundfinance) April 16, 2020

Essa decisão constitui “uma estipulação de contrato que migra a administração de um endereço, controlado por nossa equipe, para o contrato para os detentores do token COMP”, de acordo com Leshner.

O lançamento desta quinta-feira também inclui um nível surpreendente de apoio da Coinbase Custody. A custodiante de criptoativos, que também é uma investidora do protocolo, está fornecendo suporte para o token COMP, além de diversos outros tokens atrelados à Compound.

Em uma publicação, a Coinbase Custody declarou:

Coinbase Custody irá fornecer uma solução completamente integrada em nosso aplicativo on-line já existente, permitindo que nossos clientes visualizem e votem nas Propostas de Governança da Compound, além de delegar direitos de governança a terceiros.

Além do suporte ao COMP e à Governança da Compound, a partir de hoje, estamos empolgados em anunciar que clientes também podem depositar e sacar seus saldos Compound (cETH, cZRX, cUSC, cBAT, cDAI).

Em seguida, a empresa explica: “a governança terá diversas formas, e todas serão ativadas pelo token COMP (a Coinbase ainda não fornece suporte ao COMP em suas plataformas de negociação) […]. Clientes da Coinbase Custody terão a opção de votar manualmente, em que podem votar diretamente nas propostas, ou delegar a sua votação, para um terceiro”.

De acordo com Leshner, a lógica de ter um componente seguro de custódia é para ajudar a proteger o processo de governança: “diminui o risco da perda de tokens de governança”.

Desde o início, Compound afirmou que sua migração para a descentralização seria realizada durante um período de tempo que irá ceder controle em etapas.

O período “sandbox” se inicia hoje, anteriormente divulgado em fevereiro, em que “uma parte dos tokens de governança será distribuída entre os acionistas de nossa empresa, que podem delegar o poder de votação a si mesmos ou ao público como bem entenderem”.

Outra parte dos tokens de governança será alocada à equipe da Compound ao longo de quatro anos. Além disso, o plano é de começar a distribuir esses tokens para usuários do protocolo nos próximos meses, apesar de mais detalhes desse processo ainda não terem sido divulgados.

“[O processo de governança] não terá uma grande imprevisibilidade de descentralização completa porque os participantes iniciais serão as pessoas que possuem os maiores incentivos de ver a Compound triunfar. O token COMP não será listado em corretoras e ainda não estará nas mãos do público”, contou Leshner ao The Block.