Embraer (EMBR3): Ações sobem com mais uma encomenda do E195-E2 no radar

As ações da Embraer (EMBR3) operam em alta no pregão desta terça-feira (14), com mais um anúncio de pedido firme no radar do mercado. Dessa vez, a holandesa TrueNoord fechou acordo para 20 jatos E195-E2, com direitos de compra para mais 30 aeronaves, sendo vinte E195-E2 e dez novos E175-E1, pelo valor tabelado de US$ 1,8 bilhão.
De acordo com os cálculos do JP Morgan, que avalia positivamente o anúncio, a carteira de pedidos (backlog) da fabricante deverá atingir cerca de US$ 37,3 bilhões, incluindo as entregas do terceiro trimestre e outras recentes encomendas.
Os analistas do banco destacam que o E195-E2 da fabricante de aeronaves brasileira continua a conquistar novos clientes, tendo obtido pedidos firmes para 154 jatos E2 no acumulado do ano.
- LEIA TAMBÉM: O Money Times liberou, como cortesia, as principais recomendações de investimento feitas por corretoras e bancos — veja como acessar
Às 11h29 (horário de Brasília), as ações EMBR3 subiam 1,41%, a R$ 79,91 no Ibovespa (IBOV), tendo chegado a avançar mais de 1% mais cedo. Acompanhe o tempo real.
Na visão da Genial Investimentos, a notícia confirma o bom momento comercial da Embraer e fortalece o backlog do segmento de aviação regional, que os analistas apontam como o mais rentável da empresa.
“O anúncio ajuda a consolidar a tração de vendas do E195-E2 em mercados estratégicos e reforça a visibilidade de receitas futuras”, diz a Genial.
Em setembro, a Embraer fechou pedidos do E195-E2 com a Latam e com a companhia aérea dos Estados Unidos Avelo Airlines, que estabeleceu um marco ao ser a primeira aérea a operar a maior aeronave comercial da fabricante brasileira nos EUA.
O momento da Embraer
Analistas do BTG Pactual ponderam que a Embraer mantém forte presença na América Latina, com 70 aeronaves (16% do backlog total) destinadas a clientes da região, incluindo Azul, Mexicana e Latam Airlines.
“O mercado regional apresenta crescimento resiliente, sustentado por moeda mais forte, expansão da classe média e maior penetração do transporte aéreo. Enquanto Boeing e Airbus têm apenas 2% e 5% de exposição regional, respectivamente, a Embraer lidera com foco em “narrowbodies” [de fuselagem estreita] eficientes para aeroportos restritos”, ponderam os analistas do banco.
Na visão do BTG, o backlog de US$ 30 bilhões (ou US$ 50 bilhões com opções) da Embraer evidencia uma nova fase em que o foco passa da captação de pedidos para a execução e entrega.
“A empresa negocia com desconto em relação aos pares globais, mantendo forte momento de resultados e posição estratégica no mercado de ‘narrowbodies‘ regionais”, diz o BTG, que tem recomendação de compra para as ações da Embraer, com preço-alvo de R$ 94.