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Empresa se prepara para seguir rota da Americanas (AMER3) e Oi (OIBR3)

19 mar 2023, 12:29 - atualizado em 19 mar 2023, 12:43
Light
Por ser uma concessão, a Light não pode pedir recuperação judicial ou extrajudicial. (Imagem: Facebook)

A Light (LIGT3) estaria estudando entrar com um pedido de cautela para se proteger da cobrança de bancos de dívidas de curto prazo, algo semelhante ao feito pela Oi (OIBR3) e Americanas (AMER3) antes de entrarem em recuperação judicial.

Segundo o colunista do O Globo, Lauro Jardim, a Light teria contratado o escritório de advocacia BMA para preparar a ação cautelar. Em janeiro, a Light escalou a Laplace para reestruturar sua dívida. Desde então, a ação derreteu 44%.

Uma possível recuperação judicial da elétrica chegou a circular no mercado. Apesar disso, por ser uma concessão, a Light não pode pedir recuperação judicial ou extrajudicial.

Responsável pelo atendimento de toda a região metropolitana do Rio de Janeiro, a Light opera principalmente no segmento de distribuição de energia elétrica. A empresa tem índices elevados de perdas não técnicas, devido a fatores como furtos de energia.

A Light encerrou o terceiro trimestre de 2022 com um índice de alavancagem de três vezes da dívida líquida sobre o resultado operacional e com uma posição de caixa de R$ 4 bilhões.

Além disso, a maior parte da amortização da dívida é prevista para o período de 2025 a 27. Ou seja, próximo ao término da concessão em 2026.

Em relatório enviado a clientes na última semana, o UBS BB disse que a empresa não possui geração de caixa suficiente para pagar toda a dívida da companhia até o final da concessão de distribuição.

À Reuters, fontes disseram que a Light vem conversando com o governo federal para buscar uma solução, sendo uma das possibilidades a antecipação da renovação da concessão.

“O grupo (Light) não tem interesse em devolver a concessão ou desistir; o que quer são novas condições para a concessão se manter de pé”, disse a fonte, sem detalhar quais seriam as condições.

Com informações da Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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