Comprar ou vender?

Engie (EGIE3): Espere menos dividendos, vê Itaú; retornos podem cair pela metade

30 out 2023, 17:14 - atualizado em 30 out 2023, 17:18
Engie
A maioria dos investidores que compraram a ação estavam ansiosos para ver a Engie atingindo um pagamento de 100% neste ano (Imagem: REUTERS/Stéphane Mahé)

A compra de usinas solares, no valor de R$ 3,24 bilhões, pela Engie (EGIE3) pode comprometer o pagamento de 100% dos seus lucros em dividendos, vê o Itaú BBA em relatório enviado a clientes.

De acordo com os analistas, a maioria dos investidores que compraram a ação estavam ansiosos para ver a Engie atingindo um pagamento de 100% neste ano, o que parece improvável agora.

“Supondo que a empresa reduza seu pagamento ao nível mínimo já praticado (55%), o rendimento médio dividendos será de 6,4% para 2023-2024, em comparação com a previsão anterior de um rendimento de 12% no cenário de um pagamento de 100%”, explica.

Além disso, os analistas dizem que a compra é neutra para a companhia.

De acordo com a empresa, os ativos adquiridos tem capacidade instalada total de 545 MWac e estão instalados em Juazeiro (situado na Bahia), São Pedro (Bahia), Sol do Futuro (Ceará), Sertão Solar (Bahia) e Lar do Sol (Minas Gerais).

O diretor presidente da companhia, Eduardo Sattamini, ressaltou que o negócio é mais um passo alinhado à execução da estratégia do grupo de continuar “crescendo em energia renovável no Brasil”.

Com base em avaliação inicial, o Itaú calcula um VPL (valor presente líquido) de R$ 100 milhões para a transação, o que implica uma TIR (taxa interna de retorno) real de 8,9%.

“A carteira altamente contratada dos ativos adquiridos, com seus atraentes preços de venda de energia, poderiam ter levado a uma rica avaliação implícita para os ativos, particularmente num momento em que os preços da energia no mercado estão em mínimos históricos”, explicam os analistas.

Procurada pelo Money Times, a Engie não respondeu. O espaço segue aberto caso a empresa queira se pronunciar.

  • Novo índice de dividendos da B3 (IDIV) não é a melhor escolha para buscar renda extra mensal na bolsa; entenda

Impacto para a Engie

De acordo com a Engie, a aquisição de ativos em operação, com energia contratada, tornou-se uma opção atrativa para expandir os negócios nesse momento do mercado.

“A forma como conduzimos processos de aquisição é orientada por uma ampla análise de riscos, que leva em consideração os aspectos ambientais, sociais, de governança e da nossa disciplina financeira, tendo como objetivo a continuidade de geração de resultados positivos de forma sustentável”, comentou.

Com Kaype Abreu

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.