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Enquanto Wall Street faz forte campanha de trabalho presencial, home office segue adorado

18 set 2022, 10:00 - atualizado em 18 set 2022, 10:24
home office
Pesquisa mostra que trabalhadores preferem home office (Imagem: Windows/Unsplash)

À medida que as empresas de Wall Street ordenam que os funcionários voltem ao escritório, o home office se torna mais popular do que nunca em todo o mundo, de acordo com um novo estudo.

O problema é que os trabalhadores não querem voltar, e isso em todos os países e indústrias, segundo a recente pesquisa publicada por uma equipe de economistas que coleta dados sobre trabalho remoto desde os primeiros dias da pandemia da Covid-19.

O levantamento da WFH Research se baseia em questionários distribuídos entre meados de 2021 e início de 2022 para pessoas em 27 países, inclinando-se para funcionários de renda mais alta.

Voltando aos escritórios (ou não)

Após mais de dois anos lidando com a pandemia, muitas companhias flexibilizaram as regras de vacinação, testes e máscaras e reabriram seus escritórios em período integral.

O Goldman Sachs e o Jefferies Financial estão entre os gigantes norte-americanos financeiros que conduziram uma forte campanha de trabalho presencial nas últimas semanas.

Enquanto isso, em muitos países, os empregados querem a opção do home office com mais frequência do que estão fazendo agora.

Os entrevistados no Brasil e em Singapura, por exemplo, disseram que desejam trabalhar a maior parte dos dias remotamente.

Mas, isso não é unanime. Em alguns países, como a Índia, os trabalhadores desejam passar mais tempo no escritório.

O home office e os benefícios

Para os pesquisadores, a mudança para o remoto beneficia os trabalhadores e eles não se sentem menos produtivos no home office, como mostra a pesquisa.

Em média, as pessoas entrevistadas trabalham, atualmente, cerca de 1,5 dia em casa a cada semana.

Outro ponto levantado é que funcionários de países onde os deslocamentos são geralmente mais longos tendem a valorizar mais o tempo de trabalho em casa.

Na China, por exemplo, o tempo médio de deslocamento é superior a 90 minutos, aproximadamente o dobro do que levam em seus trajetos os trabalhadores nos Estados Unidos.

Preferência pelo remoto: Cortes nos salários e demissões

Dinheiro não é o problema. Os profissionais consultados disseram que aceitariam um corte salarial de 5%, em média, para continuar trabalhando em casa.

Mas, a preferência pelo remoto é ainda mais expressiva, com alguns trabalhadores optando pela demissão a ter que voltar a ir todos os dias para o escritório.

Nos EUA, por exemplo, cerca de um terço dos profissionais pediriam demissão ou começariam a procurar outro emprego se solicitados a retornar ao local de trabalho cinco dias por semana, acima da média global. A taxa foi ainda mais alta no Reino Unido.

Vale lembrar que esses países já presenciam movimentos ligados aos desligamentos voluntários, como o da “grande renúncia” e das “demissões silenciosas”.

Empresas americanas e bancos de Wall Street enfrentam problemas de esgotamento de funcionários e se esforçam para reter talentos.

Cerca de metade da força de trabalho americana se encaixa na categoria de “desistentes quietos”, de acordo com uma recente pesquisa Gallup. Isso significa que eles atendem aos requisitos do cargo, mas estão psicologicamente desapegados do trabalho.

O Brasil não fica de fora. O fenômeno conhecido por “The Great Resignation” (ou a grande renúncia, em português)soma, de janeiro a maio de 2022, 2,9 milhões de demissões voluntárias em todo o país.

A razão é simples, “a maioria dos trabalhadores valoriza a oportunidade de trabalhar de casa parte da semana, e alguns valorizam muito”, afirmam os pesquisadores WFH Research.

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Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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