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Entre na onda do ESG com as 5 ações mais indicadas por 7 analistas na B3

05 nov 2021, 15:30 - atualizado em 05 nov 2021, 16:10
Termômetro
Mundo precisa limitar o aquecimento global a até 1,5 grau celsius para reduzir os danos permanentes causados à natureza (Imagem: Pixabay/ geralt)

O mundo se voltou para a COP 26, realizada em Glasgow (Escócia), e viu sair de lá muitas promessas para segurar o aquecimento global a, no máximo, 1,5 graus celsius. E, para isso, governantes, empresários e altruístas se preparam para jogar US$ 100 trilhões na economia global.

O dinheiro deve ser usado desde a menor exploração de carvão para criar energia elétrica, passando por conservação de florestas, e pressão sobre os fornecedores de alimentos ou qualquer outro tipo de produto.

Ou seja, agora, o tema ESG (Environmental, Social and corporate Governance) – Governança Ambiental, Social e Corporativa, está muito forte.

ESG
(Imagem: Unsplash/ Tim Swaan)

Um grande exemplo disso é o foco do mercado financeiro em empresas que buscam ser cada vez mais verdes. A própria B3 já possui um ETF (ESGB11) sendo negociado em seu pregão. Outro é a atenção dos analistas de mercado para as ações que podem ganhar com este “dinheiro verde”.

O Money Times foi atrás destas avaliações, para novembro, e encontrou sete analistas – Ágora, Ativa, Banco Safra, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial Investimentos e XP –  que produzem indicações específicas para empresas com o compromisso ESG. Foram 35 empresas diferentes em 60 recomendações. Cinco delas obtiveram três ou mais sugestões. Confira abaixo o porquê de cada uma estar neste portfólio verde.

Weg
(Imagem: Weg/Divulgação)

Weg

Quase unanimidade com seis das sete preferências, a Weg (WEGE3) é a queridinha verde do mercado financeiro.

“A visão ESG desta companhia, que está entre as maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, tem caráter global e permeia suas 45 plantas industriais, presentes em 12 países e 4 continentes”, explica o BB Investimentos.

“Ela apresentou um resultado forte no 3º trimestre, mostrando crescimento de dois dígitos tanto no mercado doméstico quanto no internacional. Vemos que sua sólida performance pode se acelerar nos próximos anos por conta do aumento de investimentos no setor de infraestrutura nos EUA e pelo foco maior em fontes de energias renováveis”, aponta o Banco Safra.

Lojas Renner

Renner

Com quatro sugestões, a Renner (LREN3) foi a primeira companhia brasileira a ter 100% de seu capital social negociado em bolsa, a Lojas Renner conta com uma governança corporativa alinhada às melhores práticas internacionais.

“Ainda, a partir de 2021, a remuneração variável de sua Diretoria passa a ser atrelada ao atingimento de metas ESG”, lembra o BB.

Natura
(Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Natura

Também com quatro sugestões de sete, a Natura (NTCO3) é vista como uma empresa sustentável e com um marketing que a favorece.

“A Natura é uma das empresas com melhor posicionamento ESG na cobertura, integrando a sustentabilidade em sua estratégia central, com divulgação e metas abrangentes, construindo uma reputação de alto nível para tratar todos os stakeholders e transformando desafios socioambientais em oportunidades de negócios”, avalia a XP Investimentos.

Itaú card
(Imagem: Facebook/ Itaú Unibanco)

Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco (ITUB4), maior banco privado do país, ajustou, nos últimos anos, o seu alinhamento estratégico dos temas ESG à agenda tradicional do banco. O Comitê de Sustentabilidade passou a se chamar Comitê de Impacto Positivo. O banco obteve três de sete indicações.

“Através dele, o Itaú vem revisitando sua atuação em diversas áreas, entendendo que resultado bom não é apenas o financeiro, mas aquele muda para melhor o ambiente de negócios, fortalece as comunidades onde atua, e até mesmo envolve clientes e fornecedores nesta espiral virtuosa”, analisa o BB Investimentos.

Suzano SUZB3

Suzano

Por conta de suas florestas, a Suzano (SUZB6) é carbono-negativo, sugerindo que a empresa remove mais carbono da atmosfera do que adiciona a ela, lembra o BTG Pactual em sua carteira. A companhia de papel e celulose foi a escolha de três dos sete analistas.

“Na frente social, destacamos os programas da empresa para aumentar a diversidade e inclusão (não apenas gênero, mas também a cor), bem como a meta de tirar 200 mil pessoas da pobreza”, revela o BTG.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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