Market Makers

ESG é a hipocrisia de salvar o mundo com o dinheiro dos outros, diz gestor

22 maio 2023, 17:53 - atualizado em 22 maio 2023, 20:34

A importância do termo ESG, que traduzido para o português significa governança ambiental, social e corporativa, chega a ser quase unanimidade entre gestores, empresas e governos.

Durante o episódio do podcast Market Makers, o gestor Ruy Alves, da Kinea, porém, fez crítica à sigla. Para ele, ESG é a hipocrisia de salvar o mundo com o dinheiro dos outros, se beneficiando disso.

“Eu quero um mundo melhor para os meus filhos, que a sociedade seja mais justa, mais equilibrada. Agora, nós gastamos trilhões nesse processo. Sabe quanto você aumentou de matriz eólica e a solar na economia global? Quase nada. De 2% para 4%”, argumenta.

Veja o episódio:

Em sua visão, os governos apresentam soluções superficiais e que não geram grande impacto.

“Para construir os painéis solares você teve aço e cobre. Carro elétrico é tudo subsidiado. Sabe quanto você tira das emissões globais se todo o carro de passeio virar elétrico? 8%. Isso é 5 anos de crescimento da Índia. Porque o que gasta muito carbono é siderurgia e cimento. Têm vários produtos que são fonte de carbono enormes e que a gente não tem tecnologia para substituir”, argumenta.

Segundo ele, as metas de 2050 para redução do carbono são irrealistas. Além disso, ele lembra que os países do ocidente não tiveram coragem “se quer” de elevar o preço do petróleo para impor sanções à Rússia.

“Se você tirar tudo que gera carbono, ficará assustado.  Não é o carro de passeio. O caminho provável é começarmos a mitigar. Você demora em média 30 anos para conseguir uma tecnologia e aplicá-la. Você demoniza a única possível, que a nuclear. Fora a nuclear, não temos nenhuma tecnologia que possa fazer isso”, coloca.

Ruy diz ainda que os efeitos no clima não são tão dramáticos quanto os gestores que vendem fundos “ESG querem fazer você acreditar”. “Toda cuidado com as decisões que as pessoas tomam pensando no próprio bolso”, alerta.

Veja o episódio:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.