Carnes

Estoques da população reduzem um pouco o kg do suíno vivo esta semana

27 mar 2020, 15:29 - atualizado em 27 mar 2020, 15:52
Carne de porco
Carne suína sentiu força dos estoques e perdeu força, depois, nos preços (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

A carne suína veio seguidamente de altas na soma de mercado interno aquecido e exportações batendo recordes para a China – como Money Times deu terça (24) – mas nesta semana sentiu uma pequena barrigada. E se perdurar as restrições de circulação, apesar da liberdade dada aos supermercados e açougues, pode seguir em queda sobretudo pela dificuldade de as mercadorias chegarem às lojas.

No entanto, também os estoques devem acabar, o que pode motivar novas compras, mesmo com os restaurantes praticamente fechados. Semana que vem a tendência ficará mais cristalina.

O presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Santa Catarina (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, reproduzindo informe da entidade, diz que o preço médio estimado para 17 dias, para animais de 115 kg, deverá ser de R$ 5,37.

No período, estima-se a comercialização para os frigoríficos de 15.422 porcos.

“Houve uma corrida desenfreada aos supermercados, fizeram estoques e as compras caíram um pouco”, explica, lembrando, contudo, que na semana retrasada, quando já havia o alerta de restrições chegando, a busca pela carne também foi responsável pela alta.

De fato, em Santa Catarina, maior produtor e o primeiro exportador, esteve antes em R$ 5,67, diante de um abate médio de mais de 13,8 mil animais.

De Lorenzi espera que haja uma resolução que faculte a volta ao trabalho da população, pelo menos a partir de segunda, para não prejudicar mais o cenário, que pode inclusive desembocar em problemas sanitários nas granjas pela complicação de movimentação de insumos.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.