Internacional

Estrangeiros acumulam títulos da Colômbia apesar de Petro

25 ago 2022, 9:15 - atualizado em 25 ago 2022, 9:15
O peso e os títulos da Colômbia sofreram uma liquidação desde que Gustavo Petro foi eleito presidente em junho (Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez)

Investidores da Europa, Oriente Médio e Canadá continuaram a investir em títulos da Colômbia no mês passado, aparentemente sem se abalar com a eleição do primeiro presidente de esquerda do país.

Um fundo holandês ultrapassou Singapura e se tornou o maior detentor externo de títulos públicos chilenos em peso no mês passado, quando as compras líquidas de estrangeiros totalizaram 2,2 trilhões de pesos (US$ 499 milhões).

A Stichting Pensioenfonds, o fundo de pensão dos funcionários públicos da Holanda, comprou cerca de US$ 340 milhões em títulos conhecidos como TES em julho, aumentando suas participações para US$ 2,5 bilhões, segundo dados oficiais.

A Autoridade de Investimentos de Abu Dhabi, o Banco Central Saudita, a Caisse de Depot et Placement du Quebec e o fundo soberano da Noruega também aumentaram suas posições em TES no mês passado.

O governo e o banco central de Singapura foram vendedores, no entanto, se desfazendo de cerca de US$ 320 milhões de dívida no mês.

O peso e os títulos da Colômbia sofreram uma liquidação desde que Gustavo Petro foi eleito presidente em junho com promessas de começar a eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, tributar os grandes proprietários de terras e redistribuir riqueza.

A dívida local perdeu mais de 11% no período em comparação com um retorno médio de 0,2% para pares de mercados emergentes, segundo dados compilados pela Bloomberg.

No entanto, rendimentos acima de 12% para títulos de 10 anos atraem muitos gestores, de acordo com Ana Vera, economista-chefe da In On Capital, com sede no Panamá.

E o fato de Petro ter enviado um projeto de lei ao Congresso para aumentar os impostos em seu primeiro dia no cargo este mês também foi visto positivamente pelos detentores de títulos, disse ela. As propostas aumentariam os impostos sobre as empresas de petróleo e mineração e foram criticadas por muitos líderes empresariais locais, que temem que deprimam os investimentos.

As compras líquidas de julho ficaram na média do ano e representaram o sexto mês consecutivo em que a Colômbia registrou ingressos significativos, segundo dados do ministério das finanças.

Os ingressos de investidores estrangeiros no mercado de TES continuam em ritmo forte em agosto, disse Raul Olivares, operador do Banco Popular, com sede em Bogotá.

Os fundos estrangeiros possuem cerca de um quarto dos cerca de US$ 100 bilhões em títulos públicos em peso do país.

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