Combustíveis

Etanol confirma liquidação nas usinas antes do 3º e histórico corte seguido da gasolina

10 set 2020, 15:11 - atualizado em 10 set 2020, 15:37
Etanol
Etanol recua para não perder mais margem de venda frente a gasolina (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

O etanol hidratado sentiu o golpe da competitividade da gasolina e bem antes do novo anúncio de corte na refinaria do combustível de petróleo, nesta quinta (10), já começou a ser praticado em torno dos R$ 1,76/1,77 o litro, base líquida nas usinas da região de Ribeirão Preto, saindo dos R$ 1,82, confirmando o que Money Times abordou ontem.

O histórico movimento da Petrobras (PETR3; PETR4), ao reduzir os preços três vezes em duas semanas consecutivas, de 3% (semana passada), 5% da quarta e culminando com os outros 5% de hoje, balançou o mercado. Monetizados, esses percentuais correspondem a 5, 8 e 8 centavos subtraídos nas refinarias.

“Depois de três semanas de altas do etanol, apesar da última ter sido leve, após outras duas acima de 4%, as usinas tiveram que reduzir os preços cobrados às distribuidoras”, complementa Martinho Ono, cuja trading que dirige, a SCA, registrou o recuo em torno de R$ 0,6 o litro nesta quinta.

O petróleo perdeu sustentação, há dois dias ficou abaixo dos US$ 40/barril em Londres, e agora (15h15, de Brasília) segue em queda de mais de 1,80%.

Para o trader e analista, no entanto, não é de todo ruim a usina ganhar menos, uma vez que também pode vender mais com essa liquidação forçada.

E se já havia uma folga boa nos estoques das usinas, acima de 1 bilhão de litros – fora nas distribuidoras – de acordo com Ono, ajuda agora a desovar, desde que o óleo cru não siga caindo e forçando a petroleira brasileira a limar mais a gasolina.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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