Ciro Gomes

Eurasia: Candidato do PT, e não temperamento, é o maior risco para Ciro

22 jun 2018, 13:58 - atualizado em 22 jun 2018, 13:58

Por Investing.com – Para a Eurasia, o maior risco para a pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT) à presidência da república está no nome que for indicado pelo PT e não em seu temperamento. A declaração foi dada por Christopher Garman, diretor executivo para Américas da consultoria, em entrevista Bloomberg.

Para Garman, a partir do momento que o TSE negar o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o partido será obrigado a escolher um outro candidato. E quando ficar claro quem é o candidato de Lula, o escolhido deve chegar aos dois dígitos nas intenções de voto. Dessa forma, a candidatura do PT teria, a visão dele, chances iguais ou maiores do que a de Ciro Gomes de chegar ao segundo turno.

Por isso, o diretor executivo entende que esse é o ponto fraco de Ciro e não seu temperamento que é considerado difícil, já que pode transmitir autenticidade ao eleitor.

Do outro lado, Garman destaca que o pré-candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL) tem chance de razoável e boa para chegar ao segundo turno, uma vez que tem uma imagem anti-establishment e apelo no eleitorado que demanda pulso firme e segurança.

Pesquisa XP Investimentos

A XP Investimentos divulgou nesta sexta-feira uma nova pesquisa eleitoral, feita em parceria com Iesp, para a presidência da república. Jair Bolsonaro (PSL) segue liderando, mas os números mostram que sua pré-candidatura começa a perder força. Além disso, o deputado ficaria atrás caso Lula consiga ser candidato.

No cenário sem candidato do PT, Bolsonaro tem 22%, Marina 13%, Ciro 10%, Alckmin 8% e Álvaro Dias (5%). Com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como representante petista, Bolsonaro recua para 21%, Marina vai a 14%, Ciro se mantém com 10% e Geraldo com 8%, deixando Haddad com apenas 3%.

Com Lula na disputa, o petista teria 28% das intenções, Bolsonaro com 19%, Marina Silva 10%, Alckmin 7% e Álvaro Dias com 4%.

Já quando o nome de Haddad é apresentado como candidato de Lula, Bolsonaro tem 19%, o ex-prefeito de São Paulo vai a 12%, Marina cai para 11%, Alckmin fica com 8% e Álvaro Dias 5%.

No segundo turno, Bolsonaro perde entre 1 e 2 pontos percentuais dependendo do cenário simulado, dentro da margem de erro. O candidato seria derrotado por Lula (33% a 41%), ficaria empatado tecnicamente com Alckmin (31% e 31%), Marina Silva (32% a 36%) e Ciro Gomes (33% a 32%).

O levantamento foi realizado com mil pessoas entre 18 e 20 de junho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

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