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Eventos virtuais ganham popularidade em Wall Street

27 maio 2020, 16:40 - atualizado em 27 maio 2020, 16:40
Mercados - Wall Street
(Imagem: REUTERS/Carlo Allegri)

Quando a pandemia chegou em março, bancos de Wall Street foram desafiados a migrar as tradicionais conferências com investidores para o formato virtual.

Agora, atraem mais pessoas do que as conferências tradicionais – talvez algo óbvio, dada a facilidade de se conectar -, mas a popularidade surpreende até os organizadores.

Mais de 5 mil pessoas entraram em uma conferência de tecnologia virtual organizada pelo JPMorgan no início deste mês, mais do que o dobro do número de um típico evento presencial.

A conferência global de energia e serviços públicos do Citigroup bateu recorde de presença com 550 pessoas, o dobro do ano anterior. Na semana passada, as inscrições para a conferência de saúde do UBS aumentaram mais de 30%.

“As pessoas ficaram surpresas com a eficácia do mundo virtual”, disse Erica Moffett, responsável por serviços de marketing de pesquisa da Oppenheimer & Co.

Obviamente, é um pouco cedo para declarar o fim das conferências presenciais. Embora investidores estejam migrando para o mundo virtual, uma explicação é que há pouca escolha, simplesmente porque não podem entrar em um avião ou se reunir em um hotel.

Alguns participantes que se conectam não são grandes fãs de eventos virtuais e lamentam a falta de networking e dicas pessoais sutis. A Bloomberg LP, controladora da Bloomberg News, também organiza conferências com investidores.

Matt Hawkins, que investe no setor de cannabis, não tem uma opinião formada. Embora considere conferências virtuais úteis e extremamente fáceis, disse que há uma grande desvantagem: não pode avaliar o negócio pessoalmente em uma possível transação.

“Puxar o gatilho de um novo investimento para nós é quase impossível” sem conhecer a gerência pessoalmente e visitar as linhas de produção, disse Hawkins, diretor-gerente da Entourage Effect Capital.

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