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Ex-CEO da Payza, condenado por lavagem de dinheiro, processa Blockchain.com

18 ago 2021, 11:43 - atualizado em 18 ago 2021, 11:44
Quando identifica-se que certo endereço blockchain está envolvido em atividades ilícitas, corretoras cripto podem suspender (“blacklist”) transferências e saques dessas carteiras (Imagem: Medium/Blockchain.com)

Firoz Patel, ex-CEO e cofundador da Payza, condenado por lavagem de dinheiro em 2020, está processando a empresa londrina de criptomoedas Blockchain.com.

A ação judicial, enviada a um tribunal britânico em 23 de junho, diz respeito a uma quantia de 450 BTC — cerca de US$ 20,4 milhões a preços atuais — armazenados na conta de Patel na Blockchain.com.

Em março de 2018, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) acuso Payza e seus cofundadores, os irmãos Firoz e Ferhan Patel, por operarem uma empresa de serviços financeiros (MSB) não licenciada, acusando-os de processarem mais de US$ 250 milhões em lucros de esquemas Ponzi e outras atividades criminosas.

Os irmãos Patel aceitaram um acordo judicial em novembro de 2020, abdicando de US$ 4,5 milhões e concordando em cumprir com sentenças de prisão — três anos, no caso de Firoz. Ferhan, seu irmão, recebeu uma sentença de 18 meses.

Blockchain “bloqueado”

No documento enviado ao tribunal britânico em junho, Patel afirma que seus pedidos de transferência dos fundos em bitcoin a um endereço específico de bitcoin foram ignorados pela Blockchain.com, apesar de indícios sugerirem que esses pedidos seriam cumpridos — ele afirma que isso representa uma quebra de contrato.

Ele visa obter uma liminar para fazer com que a transferência seja realizada.

Patel também afirma ter sofrido um prejuízo de cerca de US$ 9,3 milhões porque o preço do bitcoin caiu drasticamente entre maio e junho, quando o processo judicial foi enviado — e, assim, visa obter uma restituição igual ou superior a essa quantia.

“Esse é uma área dinâmica da lei que, geralmente, envolve ativos bem valiosos em múltiplas jurisdições. Continuamos a atender os interesses de nossos clientes para proteger e recuperar criptomoedas”, afirmou Leo Nabarro, parceiro da Candey, a empresa de advocacia que representa Patel.

Ainda não se sabe por que a Blockchain.com negou o pedido de transferência e, no documento, afirma-se que não houve nenhuma explicação oferecida a Patel pela corretora. A empresa ainda irá enviar seu documento de defesa.

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