Política

Ex-chanceler Mauro Vieira deve voltar ao cargo em novo governo Lula, dizem fontes

01 dez 2022, 19:10 - atualizado em 01 dez 2022, 19:10
Mauro Vieira
Tendo ocupado alguns dos principais postos no exterior, como a embaixada na Argentina, em Washington e a representação do Brasil nas Nações Unidas (Imagem: REUTERS/Faisal Al Nasser)

Ex-chanceler e ex-embaixador em Washington, o diplomata de carreira Mauro Vieira deve voltar ao comando do Itamaraty no próximo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto o embaixador Celso Amorim deverá ser o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, com status de ministro, disseram à Reuters fontes que acompanham o processo de decisão.

De acordo com uma das fontes, a decisão não foi ainda sacramentada por Lula, mas está “muito bem encaminhada”. Último ministro das Relações Exteriores do governo de Dilma Rousseff, Vieira é um dos diplomatas mais próximos a Celso Amorim, que chancelou o nome do embaixador.

Tendo ocupado alguns dos principais postos no exterior, como a embaixada na Argentina, em Washington e a representação do Brasil nas Nações Unidas, em Nova York, Vieira é um dos mais experientes diplomatas em atuação.

Além disso, segundo uma terceira fonte, o embaixador tem mais experiência política e uma ótima relação com o Congresso, o que o deixa mais bem colocado que outros diplomatas que chegaram a ser cotados.

Hoje Vieira ocupa a embaixada brasileira na Croácia, um posto de menor importância, mesmo desfecho dado pelo governo Bolsonaro a vários outros diplomatas que ocuparam cargos de destaque nas administrações petistas.

Sua nomeação para chanceler, no entanto, deverá vir com uma combinação da nomeação de mulheres para outros postos-chave do Itamaraty, em uma compensação ao fato do titular da pasta ficar mais uma vez com um homem –o Itamaraty nunca teve uma ministra desde sua criação.

Duas embaixadoras aparecem cotadas para assumir a secretaria-geral: as embaixadoras Maria Luiza Viotti, que até recentemente era chefe de gabinete do secretário-geral da ONU, António Guterres, e Maria Laura da Rocha, hoje na representação do Brasil na Sérvia.

A ideia também é colocar mulheres em pelo menos uma das representações consideradas mais importantes para o Brasil, na Argentina e em Washington, que também nunca foram chefiadas por mulheres. Viotti e Rocha também são cotadas.

Já Celso Amorim, o chanceler dos dois primeiros governos de Lula e até hoje o nome da área mais próximo ao presidente eleito responsável até agora por coordenar todos os contatos internacionais durante a campanha e depois da eleição, aos 80 anos, será responsável pela SAE, com status de ministério, disseram as fontes.

O posto mantém o status e a proximidade do ex-chanceler com o presidente, mas sem o desgaste do dia a dia das negociações e viagens internacionais.

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