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Exclusivo: 28 analistas te dizem a melhor carteira para abril; veja agora

03 abr 2020, 17:43 - atualizado em 03 abr 2020, 17:55
Minério de ferro
Resistência: Vale é favorecida pela alta do dólar e pela retomada da China, segundo analistas (Imagem: Facebook/Divulgação/Vale)

Levantamento do Money Times com 28 carteiras fundamentalistas de ações recomendadas para abril mostra a disparada de quatro papéis.

Embora a Petrobras (PETR4) siga como a mais indicada, com 16 menções, o destaque fica com a Vale (VALE3), que pulou de 9 para 16 menções; Banco do Brasil (BBAS3), de 8 para 13; Magazine Luiza (MGLU3), de 7 para 12; e Pão de Açúcar (PCAR3), de 5 para 10.

O movimento reflete a opção dos analistas por ações mais defensivas em tempos de coronavírus, representadas por aquelas com bom fluxo de caixa, resiliência diante de crises e capazes de ganhar com a alta do dólar.

As ações mais indicadas pelos analistas em abril

Empresa Ticker Indicações
Petrobras PETR4 16
Vale VALE3 16
Banco do Brasil BBAS3 13
Magazine Luiza MGLU3 12
B3 B3SA3 11
JBS JBSS3 11
Bradesco BBDC4 10
Itaú Unibanco ITUB4 10
Pão de Açúcar PCAR3 10
Raia Drograsil RADL3 7
Vivo VIVT4 7

A Exame Research é uma das instituições que recomendam as ações da Vale, que empatou com a Petrobras na liderança das preferências em abril. Segundo Renato Mimica, que assina o relatório, a mineradora mostra-se resiliente, mesmo diante da pandemia.

O analista lembra que a China, que representa o maior mercado da companhia, está se recuperando do coronavírus e seus estoques de minério de ferro estão baixos. Isso explica, também, a manutenção dos preços da commodity ao redor de US$ 90 por tonelada, mesmo diante da quarentena.

Já o Banco do Brasil é citado, entre outros, pelo Banco Safra. Luís F. Azevedo, Cauê Pinheiro e Silvio Dória, que assinam a carteira, observam que o Safra reduziu em 2% sua exposição ao banco estatal.

Os analistas acreditam, contudo, que o BB ainda apresentará resultados acima da média do setor bancário em 2020, apesar do cenário negativo.

Vantagem competitiva

O Magazine Luiza passou da quinta para a terceira posição, ao ser lembrado pela sua forte presença no varejo online. Trata-se de um trunfo, segundo muitos analistas, nesse período de quarentena, que obrigou o comércio a fechar suas lojas físicas.

Magazine Luiza Varejo
Competitivo: Magazine Luiza é beneficiada por forte atuação no varejo online (Imagem: LinkedIn da Magazine Luiza)

A Capital Research é uma das instituições que recomendam a varejista neste mês. De acordo com seu relatório, o Magazine Luiza está reforçando “sua atuação no e-commerce, inclusive se aproveitando da capilaridade de suas lojas para intensificar a modalidade de entrega shipping from store”, isto é, o consumidor compra pela internet e retira o produto na loja.

O Pão de Açúcar pulou da sétima para a quinta colocação, puxado pelo fato de atuar em setores básicos de consumo, como alimento e produtos de higiene e limpeza. A XP Investimentos está entre as casas que incluíram o papel na carteira de abril.

Setor básico

Segundo a gestora, o Pão de Açúcar apresenta uma combinação interessante de resistência de curto prazo e boa relação risco-retorno. As vendas devem aumentar nas próximas semanas, não apenas pela necessidade da população de repor mercadorias, mas, também, ela quarentena elevar o consumo de alimentos dentro de casa.

O levantamento do Money Times mostrou uma concentração das recomendações em um número menor de empresas neste mês. Embora conte com uma carteira a mais que em março, a sondagem contabilizou 88 companhias citadas, contra 98 no mês passado. No total, foram computadas 307 recomendações em abril, ante 274 em março.

Participaram do levantamento: Ágora, Ativa, BB Investimentos, Benndorf, BTG Pactual, Capital Research, Daycoval, Eleven, Elite, Empiricus, Exame Research, Genial, Guide, Inversa, Itaú BBA, Mirae, MyCap, Modal Mais, Necton, Nova Futura, Planner, Safra, Santander, Terra, Socopa, Suno, Toro e XP Investimentos.

Veja, a seguir, todas as ações recomendadas pelas instituições para abril.

Empresa Indicações
Petrobras 16
Vale 16
Banco do Brasil 13
Magazine Luiza 12
B3 11
JBS 11
Bradesco 10
Itaú Unibanco 10
Pão de Açúcar 10
Raia Drograsil 7
Vivo 7
Localiza 6
Lojas Renner 6
Marfrig 6
Sanepar 6
Suzano 6
Taesa 6
Weg 6
CVC 5
Engie 5
Equatorial 5
Hapvida 5
Hypera 5
Rumo 5
CPFL 4
Energias do Brasil (EDP) 4
Klabin 4
Multiplan 4
SLC 4
Transmissão Paulista 4
Unidas 4
BR Properties 3
Cosan (CSAN3) 3
Gerdau (GGBR4) 3
neoenergia 3
ABC Brasil 2
Alupar 2
Ambev 2
BR Malls 2
Bradespar 2
BRF 2
BTG Pactual 2
Cesp 2
Copel 2
Cosan Logística (RLOG3) 2
Energisa 2
Eztec 2
Fleury 2
Iguatemi 2
Movida 2
Natura 2
Tim 2
Totvs 2
Yduqs 2
Alpargatas 1
Arezzo 1
Azul 1
Banco Pan 1
BB Seguridade 1
Braskem 1
Carrefour 1
Centauro 1
Coelce 1
Cogna 1
CSN 1
Eletrobras 1
Eneva 1
Grazziotin 1
Hermes Pardini 1
Helbor 1
Iochpe 1
Itaúsa 1
Jereissati 1
Log Commercial Properties 1
M Dias Branco 1
Metalúrgica Gerdau (GOAU4) 1
Minerva 1
Notre Dame 1
Odontoprev 1
Oi 1
Paranapanema 1
Porto Seguro 1
Randon 1
Sabesp 1
Santander 1
Sul America 1
Ultrapar 1
Via Varejo 1

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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