Exclusivo: Responsável pela tokenização de R$1 bilhão em precatórios, Mannah entra no mundo dos games para transformar moeda de jogo em ativo financeiro

O universo da Web 3.0 ainda está em construção. A junção do mundo real com o mundo dos jogos é considerada a porta de entrada para a nova geração da internet — e a startup brasileira Mannah anunciou uma parceria para dar um passo adiante nesse futuro.
A empresa, que foi responsável pela tokenização de cerca de R$ 1 bilhão em precatórios em parceria com a Hathor Network e a Acura em janeiro deste ano, anunciou uma parceria com o jogo de futebol mobile World League Live! Soccer (WLL) para transformar a moeda do jogo em um ativo financeiro através da blockchain, de acordo com informações exclusivas obtidas pela equipe do Crypto Times.
O jogo tem mais de meio milhão de downloads só na Google Play Store e a Mannah será responsável pela criação de uma stablecoin do jogo que poderá ser utilizada para conversão em outras moedas.
Com isso, a startup levará para o jogo o token pareado com o dólar norte-americano, que poderá ser utilizado para a compra de gems, itens, upgrades e NFTs (tokens não fungíveis, os certificados digitais) dentro do ambiente do game, que tem como garoto propaganda o ex-jogador da seleção italiana e da Juventus, Alessandro Del Piero.
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Negociações on-chain
Para o CEO da Mannah, Pedro Xavier, esta é uma forma de transformar os ativos dos jogos em algo mais palpável e recompensador para os jogadores.
“Os players poderão conectar suas carteiras ao jogo, realizar transações de forma segura e transferir seus ativos digitais, como skins e cards, entre usuários ou até mesmo convertê-los para outras moedas via exchanges, como a Whitebit”, comenta Xavier.
A WhiteBIT, maior exchange da Europa, ficou entre as 20 corretoras de criptomoedas de maior confiabilidade e precisão de dados do mercado no ranking da Coinglass.
Ainda segundo o CEO da tokenizadora, o sistema de recompensas da WLL será um dos primeiros a pagar jogadores em tokens lastreados, com possibilidade real de conversão para moedas correntes.
“Ao contrário dos sistemas comuns de “moedas virtuais” sem valor externo, a proposta é criar um ecossistema com economia própria, onde o tempo, habilidade e engajamento do jogador têm valor monetizável fora do ambiente do jogo”, explica ele.
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Detalhes da stablecoin da Mannah
Essa stablecoin poderá ser adquirida diretamente pelos jogadores em reais via PIX ou em USDT (USDT), bitcoin (BTC) ou ethereum (ETH), oferecendo flexibilidade para o jogador.
No WLL, as partidas são PvP (player versus player) com cada time contando com quatro jogadores. Para mudar a aparência, ganhar novos jogadores ou dar upgrade em certos atributos, é necessário ganhar ou comprar “cards”.
“Uma das dificuldades em implementar esse sistema era a infraestrutura tradicional dos jogos nas lojas como Apple e Google, que tem restrições que limitam a liquidez e o controle dos ativos digitais pelos próprios jogadores, impossibilitando transferir, vender ou utilizar esses itens fora do ambiente fechado do jogo”, explica Xavier.
O mercado gamer cresce a cada ano e transformar a moeda do jogo em um ativo financeiro pode ser ainda mais atrativo para o seu público.
“O setor de games movimenta mais de US$ 180 bilhões por ano e cresce a cada trimestre. Com mais de 3 bilhões de jogadores ativos globalmente, e um mercado dominado por microtransações, o uso de blockchain e tokens representa uma revolução no modelo econômico atual, criando novas oportunidades para Play-to-Earn (jogue e ganhe), tokenização de tempo e ativos e mercados secundários globais. Com esse tipo de movimento, devemos ter cada vez mais investidores e players ativos“, conclui o CEO da Mannah.