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Eztec, Even, Cury e MRV: Veja por que o Bank of America cortou o preço-alvo destas ações (e quais se salvam)

16 dez 2021, 17:31 - atualizado em 16 dez 2021, 17:31
Construção Civil
O BofA mudou seu portfólio de ações de construtoras, para mais defensivo, e reclassificou algumas empresas (Imagem: José Paulo Lacerda/CNI)

O Bank of America (BofA) mudou seu portfólio de ações de construtoras para mais defensivo, e reclassificou algumas empresas. A Even (EVEN3) foi rebaixada de neutra para underperform (desempenho esperado abaixo da média do mercado), enquanto a Eztec (EZTC3) foi de compra para neutro. 

O preço-alvo da primeira foi reduzido em 50% desde a última avaliação do banco, e passou a ser de  R$ 7,00 para o ano que vem, uma alta de 7% ante o atual valor de referência. A justificativa para a decisão foi a menor lucratividade e liquidez em relação aos pares

Já a segunda sofreu um recuo de 42% na precificação para 2022, a R$ 24,00, um aumento de 18% ante o valor de referência deste mês. O argumento são as dificuldades operacionais enfrentadas em 2021 que podem pesar em 2022.

Por outro lado, as principais opções para o setor são a MRV (MRVE3) e a Cury (CURY3), ambas com classificação de compra, segundo o banco. Apesar da preferência, as duas também tiveram o preço-alvo cortado para o ano que vem.

O preço da MRV caiu 20% ante a última avaliação, a R$ 21,00, mas ainda apresenta um potencial de alta de 74% ante o atual valor de referência de R$ 12,10. O posicionamento é baseado no potencial de crescimento fora do programa, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Enquanto a Cury teve a precificação cortada em 21%, seu atual preço-alvo é de R$ 13,00, que ainda representa uma alta de 85% frente o atual valor de referência. Segundo os analistas, a empresa oferece uma perspectiva de crescimento lucrativo e alto retorno em dinheiro.

Perspectivas para o setor

Segundo os analistas do BofA, os preços-alvo foram rebaixados para “refletir a recente redução da classificação para os níveis de 2015, além da falta de catalisadores positivos e do provável fluxo de notícias negativas no próximo ano, antes das eleições.”

O texto menciona como riscos de baixa no setor: quaisquer interferências no programa habitacional do governo, inflação em alta e qualquer aceleração recorrente nos preços dos materiais.

Mas outras mudanças podem trazer impacto positivo, como: a estabilização das taxas de hipotecas para empresas de médio/alto escalão e quaisquer mudanças positivas na curva de subsídios para expandir o programa habitacional.

Repórter
Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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