Aviação

Fabricantes venderiam 10 mil aviões a menos até 2030 em recessão

08 abr 2020, 13:18 - atualizado em 08 abr 2020, 13:18
Avião Setor Aéreo
No mês passado, a Airbus alertou que não vai atingir as metas de lucro neste ano (Imagem: Reuters/Nick Oxford)

A demanda por novas aeronaves pode cair quase pela metade caso o coronavírus force companhias aéreas a manter grande parte das frotas aterradas por seis meses, de acordo com relatório da Roland Berger.

No chamado cenário de “recessão” da Roland Berger, as aéreas precisariam de 10 mil aeronaves a menos até 2030 em relação a um quadro sem pandemia, afirmou a consultoria em relatório na quarta-feira.

O melhor caso é o de “recuperação”, no qual as frotas são aterradas por dois meses e apenas 790 aeronaves a menos são entregues.

A pior estimativa da consultoria é um cenário sombrio para investidores da Boeing e da Airbus, cujas fábricas desaceleraram a produção dos modelos mais vendidos em relação a níveis recordes. As fabricantes agora avaliam qual é a melhor solução para os cortes de produção sem precedentes.

No mês passado, a Airbus alertou que não vai atingir as metas de lucro neste ano, enquanto na terça-feira a Deutsche Lufthansa se tornou a primeira grande companhia aérea a reduzir a frota.

A Roland Berger traçou um cenário intermediário de “curva atrasada” que persistiria por quatro meses, onde a demanda por aviões seria reduzida em 5.920 unidades. A consultoria tomou como base a velocidade da recuperação no mercado de tráfego aéreo para elaborar os diferentes cenários.

No caso de uma recessão, o mercado recuperaria apenas 80% da força até 2022, em comparação com uma recuperação completa até o fim deste ano no cenário mais otimista.

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