Renda Fixa

Fatores que podem levar você a ganhar ou perder dinheiro na renda fixa

28 jan 2022, 15:11 - atualizado em 28 jan 2022, 15:11
Saiba o que mexe com o bolso dos investidores de renda fixa (Imagem: Mehaniq)

A renda fixa, ao contrário do que muitos ainda acreditam, não é exatamente fixa.

E alguns fatores podem levar a ágio ou deságio nos investimentos considerados de renda fixa.

Um título pode sofrer ágio ou deságio (ganho ou perda, respectivamente) quando a curva de juros do mercado em um determinado momento é diferente da taxa de cupom ou a percepção de risco de crédito daquele ativo mudou em relação ao que havia sido precificado na época da emissão ou da aquisição do ativo.

“As taxas dos títulos de renda fixa podem variar diariamente, em certos casos até mais do que na renda variável. O investidor só tem a garantia de receber a rentabilidade contratada se segurar aquele título até a data de vencimento”, explica Gabriel Verea, CEO da Teva Indices.

Na avaliação da XP Investimentos, um dos fatores que mexe com o bolso dos investidores de renda fixa é a movimentação nas expectativas do mercado para as taxas de juros no futuro.

As expectativas são influenciadas, por sua vez, por divulgações de dados econômicos, tensões políticas, perspectivas para o ambiente fiscal, dentre outros.

Exemplos práticos recentes que mexem com os rendimentos dos títulos negociados no Tesouro Direto são: o tom hawkish (agressivo) adotado pelo Federal Reserve, os dados de inflação no Brasil medidos tanto pelo IPCA quanto pelo IGP-M, além das reuniões do Copom para decidir os rumos da taxa Selic.

Os títulos são marcados a mercado, ou seja, diariamente refletem as condições às quais estão sendo negociados no mercado secundário.

Títulos com vencimento mais longo são mais sensíveis a variações nas taxas de juros devido à duration, e há ocasiões em que os títulos mais curtos pagam até mais ao investidor.

Risco dos emissores

Itaú Unibanco
Emprestar dinheiro para alguém com mais renome no mercado rende menos do que investir em uma empresa com risco de crédito maior (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

A percepção em relação ao risco de crédito dos emissores também influencia nas variações do títulos de renda fixa, aponta a corretora.

“Por exemplo, a rentabilidade de uma debênture é definida tomando como base um título do governo de mesma duration, acrescida de um prêmio de risco. Esse prêmio de risco pode variar entre a emissão do título e seu vencimento, uma vez que o risco em si nem sempre permanece o mesmo ao longo de todo o período, podendo melhorar ou piorar”, explicam os analistas Camilla Dolle e Francisco Lobo da XP.

Já quando ocorre uma melhora na percepção de risco, a taxa cai e vice-versa.

Ou seja, emprestar dinheiro para alguém com mais renome no mercado rende menos do que investir em uma empresa com um risco de crédito maior.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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