Economia

Fed eleva juros em 0,5 ponto e promete mais: “Novas altas serão apropriadas”, diz

04 maio 2022, 15:51 - atualizado em 04 maio 2022, 15:53
Federal Reserve federal funds rate taxa juros EUA
Pronto para voar: Federal Reserve deixa claro que aumento de juros não terminou (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

Ao comunicar sua decisão de elevar em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros dos Estados Unidos, na reunião que terminou nesta tarde (04), o Federal Reserve deixou claro que não vai parar por aí. Novas altas estão a caminho.

“O Comitê decidiu elevar a faixa-alvo das taxas dos títulos federais [federal funds] para ¾ a 1 por cento e antecipar que novos aumentos na faixa-alvo serão apropriados”, afirmou o comunicado do Fomc (o equivalente americano do Copom).

O comunicado ressalta que, “embora a atividade econômica em geral tenha caído no primeiro trimestre, os gastos das famílias e os investimentos em capital fixo das empresas permaneceram fortes”.

Outros sinais de que a economia americana continua aquecida, segundo o Federal Reserve, vêm do aumento dos postos de trabalho nos últimos meses, bem como da queda “substancial” da taxa de desemprego.

Toda essa conjuntura deságua numa inflação que “permanece alta, refletindo desequilíbrios entre oferta e demanda relacionados à pandemia, aos preços mais altos da energia, e pressões de preços mais generalizadas.”

O comunicado prossegue, lembrando que o Fomc persegue, simultaneamente, o máximo nível de emprego e de inflação, à taxa de 2% no longo prazo. “Com o adequado fortalecimento da política monetária, o Comitê espera que a inflação retorne ao seu objetivo de 2% e o mercado de trabalho permaneça forte”, completa.

Veja a íntegra do comunicado do Federal Reserve da reunião desta quarta-feira (4).

“Although overall economic activity edged down in the first quarter, household spending and business fixed investment remained strong. Job gains have been robust in recent months, and the unemployment rate has declined substantially. Inflation remains elevated, reflecting supply and demand imbalances related to the pandemic, higher energy prices, and broader price pressures.

The invasion of Ukraine by Russia is causing tremendous human and economic hardship. The implications for the U.S. economy are highly uncertain. The invasion and related events are creating additional upward pressure on inflation and are likely to weigh on economic activity. In addition, COVID-related lockdowns in China are likely to exacerbate supply chain disruptions. The Committee is highly attentive to inflation risks.

The Committee seeks to achieve maximum employment and inflation at the rate of 2 percent over the longer run. With appropriate firming in the stance of monetary policy, the Committee expects inflation to return to its 2 percent objective and the labor market to remain strong. In support of these goals, the Committee decided to raise the target range for the federal funds rate to 3/4 to 1 percent and anticipates that ongoing increases in the target range will be appropriate. In addition, the Committee decided to begin reducing its holdings of Treasury securities and agency debt and agency mortgage-backed securities on June 1, as described in the Plans for Reducing the Size of the Federal Reserve’s Balance Sheet that were issued in conjunction with this statement.

In assessing the appropriate stance of monetary policy, the Committee will continue to monitor the implications of incoming information for the economic outlook. The Committee would be prepared to adjust the stance of monetary policy as appropriate if risks emerge that could impede the attainment of the Committee’s goals. The Committee’s assessments will take into account a wide range of information, including readings on public health, labor market conditions, inflation pressures and inflation expectations, and financial and international developments.

Voting for the monetary policy action were Jerome H. Powell, Chair; John C. Williams, Vice Chair; Michelle W. Bowman; Lael Brainard; James Bullard; Esther L. George; Patrick Harker; Loretta J. Mester; and Christopher J. Waller. Patrick Harker voted as an alternate member at this meeting.”

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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