Petróleo

Fed pressiona demanda e petróleo cai pelo segundo dia consecutivo

21 set 2022, 17:23 - atualizado em 21 set 2022, 17:45
Petróleo
Mercados ampliam mau humor, após fala de Powell (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

O Federal Reserve decidiu hoje por um terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual (pp) na taxa de juros dos Estados Unidos, como vinham antecipando os principais agentes do mercado. Mesmo amortecido, o anúncio repercute negativamente nos negócios com petróleo, que contabiliza o segundo dia consecutivo de prejuízos.

Por volta das 16h30, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros operavam em queda de 0,88% e 0,76%. Com o resultado, a referência internacional opera fragilmente na marca dos US$90/barril.

Demanda mais fraca e restrições na oferta duelam

Investidores da commodity permanecem receosos com o prospecto de que um aperto monetário agressivo dos principais bancos centrais descarrilharão o crescimento global, impactando diretamente a demanda por energia.

Os possíveis efeitos de corte do consumo superam no curto prazo as restrições de oferta apresentadas pelos países produtores e exportadores de petróleo. Entre tais situações, chama mais atenção as falas das duas maiores petroleiras da Arábia Saudita, advertindo para falta de investimentos em produção como um fator decisivo para a crise energética global.

Em outra notícia, que contribui para a queda local da referência americana, a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), órgão governamental dos EUA, mostrou aumento do inventário de petróleo em 1,42 milhão de barris na semana passada. A incorporação à reserva de petróleo americana veio abaixo das expectativas do mercado, que esperavam mais de 2 milhões de barris.

Petroleiras majoritariamente em queda

Ações das principais petroleiras do mundo tiveram um dia negativo, puxadas por queda dos preços da commodity.

A Petrobras (PETR4) fechou em queda de 0,13%, levada por dinâmica interna.

Após o fechamento do mercado em Londres, a Shell (SHEL) subiu 1,44%. Em Nova York, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) perdiam, respectivamente, 1,69% e 0,81%.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.