Dólar

Fernanda Consorte: Real se junta ao “balaio” das moedas emergentes

11 dez 2018, 15:26 - atualizado em 11 dez 2018, 15:26

Por Fernanda Consorte, Estrategista de Câmbio da Ourinvest

CAUSA: Conforme venho comentando há semanas, estamos à mercê dos desdobramentos internacionais. Então #ficaadica do que devemos acompanhar:

1- Preços de petróleo: sabemos a importância desta commodity para o Brasil — por exemplo, o tamanho da Petrobrás —, e sabemos também que o preço do petróleo se forma no exterior, com grande influência da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Desde outubro, os preços despencaram mais de 20% e tem influenciado as variações das moedas dos emergentes.

2- Guerra Comercial EUA e China: Houve uma trégua que foi abalada pela prisão da empresária chinesa. A relação política entre os países está complicada, e ambos os países são os maiores importadores de produtos brasileiros.

3- Taxa de juros nos EUA: recentemente, o humor de desaceleração global e dados econômicos mais contidos têm apontado uma postura mais acomodatícia do FED, sugerindo que o ciclo de alta de juros no EUA está no fim – isso seria positivo para as moedas de emergentes.

4- Evolução do acordo do Brexit, a cereja do bolo num mundo já com bastante aversão a risco.

CONSEQUÊNCIA: Com tanta coisa acontecendo no mundo, o real se junta ao “balaio” de outras moedas emergentes, e dança conforme a música, esquecendo os fundamentos internos. Por isso esse patamar rodando acima de R$ 3,90 nos últimos dias. O BC fez leilão de linha ontem, amenizando a cotação por hoje. Mas a verdade é que, enquanto não tivermos um novo governo ativo, ressaltando nossos bons fundamentos e trazendo mudanças, seremos meros mortais.

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