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Fim da era Prates? Troca do CEO pode ‘azedar’ relação entre Petrobras (PETR4) e mercado; entenda

21 nov 2023, 15:47 - atualizado em 21 nov 2023, 15:47
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Troca do CEO pode ‘azedar’ relação entre Petrobras e mercado (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Uma eventual mudança na cadeira da Petrobras (PETR3; PETR4) não deve ser bem recebida pelo mercado, avaliam analistas. Às 15h40 desta terça-feira (21), as ações ordinárias da estatal recuavam 1,88%, cotadas a R$ 38,65, enquanto as preferenciais caíam 1,58%, a R$ 36,16.

O atual presidente da estatal, Jean Paul Prates, não está com uma relação boa com os integrantes do governo, os quais estão descontentes com os rumos da companhia. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, inclusive, quer colocar uma pessoa de sua confiança no lugar de Prates.

Além disso, Lula teria pedido mudanças no plano de investimento da Petrobras. Dentre elas estão mais contratações no Brasil para a construção de embarcações, para colaborar com a geração de empregos; e maior foco no setor de fertilizantes.

“Prates tem conseguido equilibrar governança interna e pressões do governo e qualquer mudança deve soar negativamente no curto prazo”, diz o analista da Ajax Asset, Rafael Passos.

Os analistas da Ativa Research também dizem que, embora a gestão Prates tenha apresentado retrocessos em pontos importantes para a tese, uma troca aumenta a sensação de incerteza do mercado com a estatal.

“Discussões em torno de troca de CEO na Petrobras são inoportunas, sobretudo as vésperas da definição do novo plano de investimento da empresa. Gestão Prates é discutível, mas motivos elencados não são próprios á sua destituição”, dizem.

Petrobras: Prates é ‘técnico’

Segundo os analistas, Prates vem impedindo que os fundamentos da Petrobras se percam por inteiro. Mesmo com uma série de ponderações, o atual gestor toca a companhia “da maneira mais técnica possível”.

“Uma nova gestão pode significar um retrocesso em pontos onde o mercado já está se acostumando com a nova dinâmica”, avaliam os analistas da Ativa.

Além disso, em relação à política de derivados, ainda que a opacidade da nova política permita maiores discussões, ela permite não repassar a volatilidade do mercado internacional

“A execução da política vem sendo executada de forma recorrente e assim, vêm sendo entendida pelo mercado a ponto de não frenar a recente evolução do papel”, dizem.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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