Mercados

Fim da negociação de ouro à vista é adiada pela B3 para março

16 fev 2024, 12:05 - atualizado em 16 fev 2024, 12:05
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Negociação terminaria nesta sexta; segundo a bolsa brasileira, medida deixaria o mercado de ouro mais líquido na bolsa (Imagem: Pixabay/Linda Hamilton)

A negociação de ouro à vista na bolsa, que seria interrompida pela B3 nesta sexta (16), foi adiada para o fim de março.

O fim das negociações foi anunciado em outubro. Na época, foi dado um prazo de quatro meses para os investidores se adaptarem.

O adiamento anunciado nesta quinta (15) “atende pedido dos agentes de custódia para que seus clientes tivessem mais tempo para encerrar suas posições”, segundo a B3.

Entre as justificativas para o fim da negociação de contratos, a bolsa brasileira afirma que a descontinuação dos contratos à vista “faz parte da evolução do mercado de capitais, que já conta com outros produtos atrelados ao ouro”, citando o ETF e o BDR de ouro na bolsa.

“São mais atrativos aos investidores, com mais liquidez e facilidade operacional”, diz a B3.

Investidor terá instrumento mais líquido, diz especialista

Segundo Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos, o fim das negociações de ouro à vista não afeta muito o mercado. “Não muda muito para o investidor. A B3 até está tomando essa atitude para poder melhorar o instrumento de investimento com ETFs e o BDR. Então, o investidor que quer estar posicionado com isso pode ter um instrumento mais líquido”, afirma.

Mota diz que as ofertas de compra e de venda nos contratos de ouro possuem uma liquidez muito reduzida. “Com posições acima de 5, 10 contratos, o investidor já começava a apresentar dificuldade para conseguir vender”, afirma. “Com ETF, dá para entrar e sair quando quiser”, diz.

No entanto, ele afirma que há um ponto negativo na mudança: para quem já estava comprado.

“Eles terão que zerar sua posição à vista. Muitos investidores estão reclamando da questão do imposto de renda”, afirma. Nesse caso, quem liquidar o ativo terá que efetuar o pagamento do tributo.

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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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