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Fintech Ualá oferece a argentinos receita para vencer inflação de 50%

12 nov 2019, 12:31 - atualizado em 12 nov 2019, 12:31
Ualá Fintech Empresas Argentina
Empresa abriu mais de 52 mil contas que superam 32 milhões de pesos em uma fase beta lançada para alguns clientes no início de outubro (Imagem: Facebook da Ualá)

A Ualá, fintech argentina de pagamentos on-line financiada por investidores de peso como George Soros e Steve Cohen, está oferecendo aos usuários a possibilidade de investir em um fundo mútuo de baixo risco por meio do aplicativo.

A opção de investir dinheiro da carteira eletrônica em um fundo mútuo em pesos do mercado monetário faz parte de uma parceria com a gestora argentina SBS Asset Management, disse o fundador e presidente da Ualá, Pierpaolo Barbieri.

Os usuários terão a opção de investir apenas um peso – dois centavos de dólar – em um fundo que aplica em depósitos a prazo e contas remuneradas.

Os argentinos tentam preservar o valor de recursos poupados em meio aos controles de capital e inflação anual de 50%.

O governo intensificou o controle de capitais depois que o líder da oposição Alberto Fernández venceu as eleições presidenciais em 27 de outubro, limitando compras em dólar por poupadores a apenas US$ 200 por mês, em comparação com os US$ 10 mil mensais anteriormente.

Os argentinos tendem a recorrer às verdinhas em momentos de volatilidade, uma resposta às várias crises financeiras e a uma moeda persistentemente desvalorizada.

“Quando há controle de capital, você precisa dar às pessoas uma maneira de preservar o valor do peso”, disse Barbieri em entrevista por telefone de Buenos Aires.

Ualá Fintech Empresas Argentina
Ualá emitiu 1,3 milhão de cartões pré-pagos desde o início das operações em outubro de 2017, como parte de uma aposta no crescimento de longo prazo em um país onde menos da metade da população possui conta bancária (Imagem: Facebook da Ualá)

“Nosso objetivo com este fundo é oferecer aos poupadores uma boa ferramenta de gestão de caixa, permitindo-lhes uma renda diária a partir do dia do pagamento até que precisem gastá-la em produtos e serviços.”

O fundo investe em instrumentos conservadores, como depósitos a prazo, e evita títulos de risco.

A Ualá emitiu 1,3 milhão de cartões pré-pagos desde o início das operações em outubro de 2017, como parte de uma aposta no crescimento de longo prazo em um país onde menos da metade da população possui conta bancária.

Além de Soros e Cohen, os primeiros investidores, o Goldman Sachs e a gigante da internet chinesa Tencent Holdings também anunciaram investimentos na empresa. A Ualá começou a oferecer empréstimos aos clientes em meados do ano.

O fundo em pesos, que permitirá resgates no mesmo dia, foi criado para a Ualá e será comandado pelo gestor de recursos da SBS, Cristian Brau. A taxa de administração do fundo é de 2% em pesos, sem spread sobre o desempenho.

“Este é um produto com zero chances de default”, disse Barbieri. “Queremos convencer as pessoas de que todos os dias em que seus pesos dormem em uma conta poupança, elas perdem dinheiro.

O fundo permitirá taxas positivas reais em um momento em que as pessoas não podem comprar dólares. livremente.”

A empresa abriu mais de 52 mil contas que superam 32 milhões de pesos em uma fase beta lançada para alguns clientes no início de outubro. A Ualá, que tem 175 funcionários, espera expandir a equipe para 200 pessoas até o fim do ano.

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