Bancos

Fluxo de US$ 1 trilhão em títulos desafia demanda de bancos centrais

21 jul 2020, 15:25 - atualizado em 21 jul 2020, 15:25
BCE Banco Central Europeu
Por outro lado, a maior parte da Europa deve se beneficiar das compras do Banco Central Europeu e pode oferecer o melhor abrigo para investidores preocupados com um possível aumento do rendimento dos títulos (Imagem REUTERS/Kai Pfaffenbach)

Mesmo com a compra acelerada de dívida pelos bancos centrais, cerca de US$ 1 trilhão em títulos soberanos chegarão ao mercado nos próximos meses à procura de compradores.

O fluxo de dívida nova, emitida por governos para financiar pacotes de resgate da pandemia, ameaça suprimir as compras dos bancos centrais e inundar mercados no Reino Unido, Canadá e Austrália, segundo cálculos da Bloomberg.

As compras dos bancos centrais também ficarão aquém das emissões nos EUA e no Japão, onde a contínua tendência para a compra de dívida de curto prazo poderia provocar um aumento descontrolado dos rendimentos de títulos de longo prazo, prejudicando fundos de pensão e seguradoras de vida que dependem desses mercados.

Por outro lado, a maior parte da Europa deve se beneficiar das compras do Banco Central Europeu e pode oferecer o melhor abrigo para investidores preocupados com um possível aumento do rendimento dos títulos.

O dilúvio de dívida ocorre após a série de cortes das taxas de juros e planos expandidos de compra de ativos por parte dos bancos centrais.

Obviamente, investidores compram dívidas no valor de centenas de bilhões de dólares todos os anos. Mas em uma época em que alguns assumem que o suporte dos bancos centrais abarca tudo, a diferença de trilhões de dólares entre oferta e demanda das autoridades monetárias destaca quão importantes investidores convencionais ainda são para governos que procuram financiar estímulos recordes.

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