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França alerta que Renault pode desaparecer; Nissan planeja cortar empregos

22 maio 2020, 11:21 - atualizado em 22 maio 2020, 11:21
A Renault e a Nissan estão em uma aliança há duas décadas e devem anunciar uma atualização de estratégia (Imagem: Reprodução/Renault)

A indústria automobilística europeia foi alertada sobre mais perdas de empregos nesta sexta-feira, quando um ministro francês alertou que a Renault poderia desaparecer se não obtivesse ajuda em breve e uma reportagem japonesa disse que a parceira Nissan estava considerando 20 mil demissões, com muitos na Europa.

A Renault e a Nissan estão em uma aliança há duas décadas e devem anunciar uma atualização de estratégia na próxima quarta-feira.

O plano foi originalmente anunciado como um reajuste de seu relacionamento, que foi abalado pela prisão em novembro de 2018 no Japão do arquiteto da aliança e chefe de longa data Carlos Ghosn, por acusações de má conduta financeira, que ele nega.

No entanto, a atualização assumiu um significado maior desde que a pandemia de coronavírus atingiu a demanda por veículos e causou uma disrupção na produção.

O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, que está considerando um empréstimo de 5 bilhões de euros para ajudar a Renault na crise, alertou nesta sexta-feira que o futuro da empresa está em risco.

“Sim, a Renault pode desaparecer”, disse ele à rádio Europe 1.

Bruno Le Maire
O ministro das Finanças francês está considerando um empréstimo de € 5 bilhões para ajudar a Renault na crise (Imagem: Francois Mori/Pool via Reuters)

Le Maire disse que a fábrica francesa da Renault em Flins não deve fechar e que a empresa deve manter o máximo de empregos possível na França, mas também disse que a companhia precisa se adaptar e ser competitiva.

A Renault se recusou a comentar as declarações de Le Maire.

O jornal Kyodo, entretanto, disse que a Nissan pode cortar 20 mil empregos de sua força de trabalho global, principalmente na Europa e nos países em desenvolvimento.

Duas pessoas com conhecimento do assunto disseram à Reuters que o número de cortes não havia sido finalizado.

A Nissan se recusou a comentar.

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reuters@moneytimes.com.br
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