Fundo de bitcoin da Grayscale, o maior do mercado, atinge nova mínima histórica

O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) – o maior fundo de bitcoin (BTC) do mercado – atingiu uma nova mínima histórica na semana passada.

O desconto de GBTC alcançou -35,26% – o ponto mais baixo até agora, segundo o gráfico abaixo elaborado pelo The Block. Isso significa que o preço de mercado das ações de GBTC está mais de 35% menor que o valor líquido do ativo.

A mínima histórica anterior de GBTC foi registrada em 17 de junho, quando atingiu -34%. O desconto reduziu antes de a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC, a CVM americana) decidir se o fundo de bitcoin da Grayscale poderá ser convertido em um ETF de bitcoin à vista.

A tentativa da Grayscale de converter seu produto em um ETF foi rejeitada com base na conclusão da reguladora de que a companhia não mostrou planejamento o suficiente para prevenir fraude e manipulação. Grayscale entrou com um processo judicial contra a SEC após a rejeição.

Queda não atinge só Grayscale

A nova mínima histórica acontece em meio ao momento de queda para as criptomoedas e mercado financeiros, em um momento entre aumento de juros e divulgação de dados nos Estados Unidos.

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Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) aumentou a taxa de juros americana em 0,75 ponto percentual, o terceiro aumento consecutivo nesse patamar – algo nunca feito pelo banco central americano antes. O aumento levou o mercado cripto a reverter ganhos.

No próximo dia 28, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deverá comparecer a um evento em Saint Louis, acompanhado de Michelle Bowman – membro do Conselho do BC americano e que tem direito a voto no Fomc.

Já na quinta-feira (29), será divulgada a terceira e última estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que poderá reforçar temores de uma recessão no país.

Além dos discursos, na sexta-feira será divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – o preferido do Fed e que deve testar a postura agressiva (“hawkish”) na condução da política monetária.

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