Fundo imobiliário anuncia menor dividendo em 7 meses; IFIX avança e beira topo histórico

O fundo imobiliário Riza Akin (RZAK11) anunciou na quinta-feira (15) que pagará o menor dividendo dos últimos sete meses. Os cotistas receberão, no próximo dia 22 de maio, R$ 1,05 por cota.
Esse valor não era distribuído pelo FII desde outubro de 2024 e representa uma queda de quase 9% em relação ao pagamento anterior, de R$ 1,15 por cota.
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A data-base, ou seja, o último dia de negociação com direito ao provento, foi justamente na quinta (15).
O novo rendimento tem como referência os resultados de abril. Embora a gestão ainda não tenha divulgado o relatório financeiro do mês, o valor anunciado reflete o desempenho do período.
Com a cota sendo negociada a R$ 82,10, o dividend yield anualizado do fundo imobiliário está em 16,56%, segundo dados do Clube FII.
No acumulado dos últimos 12 meses, o RZAK11 distribuiu aproximadamente R$ 13,59 por cota em dividendos.
IFIX encosta no topo histórico
Também nesta quinta-feira (15), dia de distribuição de dividendos por alguns dos principais fundos listados, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) avançou 0,50% e encerrou o pregão na máxima do ano, aos 3.422,90 pontos.
Com isso, o indicador está apenas a 1,05 ponto de bater o topo histórico, de 3.423,95 pontos. Em maio, o IFIX acumula alta de 0,30%, enquanto no ano o ganho é de 9,84%.
Risco fiscal na mira
Nos últimos dias, o risco fiscal voltou ao radar dos investidores após a coluna do jornalista Thomas Traumann, publicada na revista Veja, relatar medidas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria avaliando para recuperar sua popularidade, após o escândalo de fraudes no INSS.
Entre as propostas mencionadas, estariam:
- A isenção da conta de luz para quase 60 milhões de inscritos no Cadastro Único;
- O novo Vale Gás de R$ 110, novas modalidades de crédito para microempreendedores;
- Criação de uma linha de financiamento para a compra de motocicletas por entregadores de aplicativos.
Além disso, a notícia de que o Ministério do Desenvolvimento Social estaria preparando um reajuste no valor do Bolsa Família — de R$ 600 para R$ 700 — acendeu o sinal de alerta no mercado.
O governo, por sua vez, nega que haja qualquer definição nesse sentido por enquanto.
Esse cenário de aumento de gastos públicos e tentativa de impulsionar a popularidade do presidente acentuou a percepção de risco fiscal, o que pode impactar negativamente o desempenho da Bolsa, incluindo os fundos imobiliários.
As maiores altas e baixas no último pregão (15)
O destaque positivo ficou com o FII Green Towers (GTWR11), que avançou +3,09%. Na sequência, apareceram o BRPR Corporate Offices (BROF11), com alta de +2,54%, e o Rio Bravo FOF (RBFF11), que subiu +2,37%. Também se destacaram o Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11), com valorização de +1,94%, e o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11), que teve ganho de +1,79%.
Fundo | Variação (%) | Último preço (R$) |
---|---|---|
GTWR11 – Green Towers | +3,09% | 75,71 |
BROF11 – BRPR Corporate Offices | +2,54% | 49,97 |
RBFF11 – Rio Bravo FOF | +2,37% | 52,36 |
TRBL11 – Tellus Rio Bravo Logística | +1,94% | 61,98 |
VIUR11 – Vinci Imóveis Urbanos | +1,79% | 5,69 |
Entre as baixas, o Hotel Maxinvest (HTMX11) liderou a lista, recuando -1,23%. Em seguida, o Cyrela Crédito (CYCR11) caiu -1,12%, enquanto Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) teve desvalorização de -0,83%. Também caíram o Suno FOF (SNFF11), com -0,75%, e o Patria Prime Offices (HGPO11), que recuou -0,67%.
Fundo | Variação (%) | Último preço (R$) |
---|---|---|
HTMX11 – Hotel Maxinvest | -1,23% | 135,86 |
CYCR11 – Cyrela Crédito | -1,12% | 8,80 |
RCRB11 – Rio Bravo Renda Corporativa | -0,83% | 126,00 |
SNFF11 – Suno FOF | -0,75% | 73,84 |
HGPO11 – Patria Prime Offices | -0,67% | 132,68 |