Fundo imobiliário muda de estratégia e deve pagar ‘décimo terceiro’ em rendimentos; entenda

Fundo imobiliário muda de estratégia e deve pagar 'décimo terceiro' em rendimentos; entenda (Imagem: KBL Studio/ iStock)

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O Rio Bravo Fundo de Fundos (RBFF11) anunciou que deixará de ser um FOF tradicional e passará a operar como um fundo imobiliário multiestratégia, após aprovação dos cotistas em assembleia geral extraordinária (AGE).

Com a mudança, o veículo também terá novo ticker de negociação na B3, RBFM11, além de uma política de investimentos mais ampla, que permitirá alocação em diferentes frentes do setor imobiliário, como projetos de desenvolvimento e companhias listadas em bolsa.

De acordo com a gestora, a operação não envolve fusão ou incorporação com outros produtos, mas uma reestruturação do próprio fundo, com preservação de seu histórico.

“Queremos ampliar o potencial de retorno com uma administração ativa e seleção de ativos reais, sem perder a essência imobiliária”, afirmou Isabella Almeida, gestora da Rio Bravo Investimentos.

Cotistas devem receber rendimento extra

A assembleia também aprovou mudanças na metodologia da taxa de performance e a renúncia da Rio Bravo a cerca de R$ 4 milhões em valores que estavam provisionados. Com isso, os investidores devem receber um rendimento extraordinário.

Segundo projeções da Rio Bravo, o pagamento mensal de R$ 0,51 por cota, que já vinha sendo distribuído e era esperado para dezembro (com crédito em janeiro), deve ser dobrado. A administradora informou que divulgará nos próximos dias a cifra exata e o cronograma do repasse.

“O objetivo é devolver ao cotista parte da taxa que constava no passivo. Com isso, zeramos esse valor e iniciamos uma nova fase, com uma metodologia mais adequada”, disse Almeida.

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Governança e liquidez

A AGE também aprovou medidas para melhorar a governança e a liquidez do fundo, como:

• desdobramento de cotas na proporção 1 para 5;
• possibilidade de recompra de cotas pelo próprio FII;
• limitação de voto por grupo de investidores.

De acordo com a Rio Bravo, as alterações tornam o produto mais dinâmico e alinhado ao ambiente regulatório atual do mercado.

“Com essa decisão, vamos trabalhar para ampliar a diversificação, reduzir riscos e buscar resultados melhores para os cotistas”, concluiu Almeida.