Commodities

Fundo Mubadala alerta para abalo em mercado de commodities

11 fev 2020, 9:22 - atualizado em 11 fev 2020, 9:22
Petróleo em Dalian, China
Produtores de petróleo do Oriente Médio precisam dar seguimento às iniciativas para diversificar as economias e se preparar para situações quando as vendas de petróleo gerarem menos renda, disse Al Muhairi (Imagem: REUTERS/Stringer)

Os mercados de commodities devem ser abalados pelo impacto do coronavírus sobre os negócios em todo o mundo, segundo um executivo sênior do fundo Mubadala Investment, administrado pelo governo de Abu Dhabi.

A queda dos preços das commodities é um risco para economias emergentes que dependem da produção de matérias-primas, e investidores nesses mercados devem “ser um pouco cautelosos”, disse o vice-presidente do Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, na terça-feira em Abu Dhabi.

A perspectiva incerta para o coronavírus torna mais difícil a alocação de dinheiro pelos investidores, disse.

A doença afeta a expansão econômica, já que companhias aéreas cancelam voos e fábricas buscam em outros lugares componentes que teriam comprado da China, onde o coronavírus se originou.

O crescimento da demanda por petróleo já era fraco devido ao excesso de oferta, e o petróleo tipo Brent, uma referência global, acumula queda de 18% este ano.

“As commodities serão impactadas”, disse Al Muhairi. “Você vê isso no alumínio, no minério de ferro e no petróleo.” Fabricantes já estão transferindo algumas operações e cadeias de suprimentos da China, acrescentou.

Produtores de petróleo do Oriente Médio precisam dar seguimento às iniciativas para diversificar as economias e se preparar para situações quando as vendas de petróleo gerarem menos renda, disse Al Muhairi.

O fundo Mubadala faz parte do plano de Abu Dhabi de investir em novas tecnologias e fábricas que possam criar empregos e reduzir a dependência do emirado do petróleo.

O fundo investe em setores como gás natural, produtos químicos, metais e manufatura da América Latina à Ásia.

Al Muhairi ainda é otimista em relação ao Brasil e a outros grandes mercados emergentes com economias amplas. Para sobreviver à volatilidade dos preços das commodities, os investidores precisam ter como alvo países que possuem uma variedade de setores e não dependam apenas da produção de matérias-primas, disse.

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