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Fundos imobiliários: Com perdas de até 40%, Itaú recomenda vender estes 3 FIIs

26 nov 2022, 14:00 - atualizado em 28 nov 2022, 8:21
Mercados
Fundos imobiliários do segmento híbrido foram os que mais apanharam em 2022 e os rendimentos estão muito longe da taxa Selic (Imagem: Unsplash/ @ussamaazam)

O campeonato Brasileiro de futebol deste ano já acabou e os times que foram rebaixados da primeira para a segunda divisão estão definidos. Agora, com o foco na Copa do Mundo do Catar, é hora de escalar os fundos imobiliários que mais caíram em 2022. E o Itaú BBA recomenda a venda de dois desses fundos.

Segundo levantamento de Einar Rivero, do TradeMap, dos 108 fundos que compõem o índice referência do setor (Ifix) da B3, 35 acumulavam queda até 22 de novembro.

Desses 35, nove FIIs têm queda superior a 10% em 2022 e os rendimentos passam bem longe da taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 13,75% ao ano.

3 fundos imobiliários para esquecer

Entre os nove, há dois fundos do segmento laje corporativa que o BBA recomenda a venda.

O XP Properties (XPPR11), que acumula perdas de quase 39% no ano, é visto pelos analistas Larissa Nappo e Marcelo Potenza com uma vacância atual bem desconfortável e com poucas perspectivas de melhora substancial no curto prazo. Além do fundo ter obrigações financeiras relevantes, de R$ 643 milhões, que devem ser acompanhadas de perto, dizem.

Outro fundo que o BBA recomenda a venda é o REC Renda Imobiliária (RECT11), que tem desvalorização de 16,7% em 2022. Segundo os analistas, apesar do FII apresentar boa qualidade técnica, a localização dos ativos deixa a desejar.

Isso porque grande parte dos imóveis se encontram em regiões que perderam atratividade ao longo da crise desencadeada pela pandemia de covid-19 e devem se recuperar de forma mais lenta. Eles ainda chamam a atenção para as obrigações por aquisições de imóveis e securitização de recebíveis, que somam cerca de R$ 190 milhões.

Por fim, Nappo e Potenza recomendam a venda do CSHG Real Estate (HGRE11), outro fundo de laje corporativa, que tem queda de 0,6% no ano. Para eles, a qualidade técnica dos ativos não chama muita atenção e o patamar de vacância está desconfortável e pode demorar para ser reduzido.

“O fundo possui ativos em localizações que deixam a desejar, como Berrini, Santo Amaro, Santana, Chácara Santo Antônio e Barueri [todas em São Paulo]. Além dos ativos que estão fora do território paulista”, dizem.

9 fundos imobiliários que mais caem em 2022

Fundo Ticker Segmento Retorno em 2022
Hectare CE HCTR11 Papéis -10,12%
Bluemacaw Logística BLMG11 Híbrido -10,45%
Tordesilhas EI TORD11 Outros -11,43%
BTG Pactual Corporate Office BRCR11 Híbrido -11,52%
XP Industrial XPIN11 Outros -12,64%
REC Renda Imobiliária RECT11 Híbrido -16,72%
RBR Properties RBRP11 Lajes Corporativas -26,16%
Hospital Nossa Senhora de Lourdes NSLU11 Hospital -28,41%
XP Properties XPPR11 Híbrido -38,95%

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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