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Fundos imobiliários: HCTR11 despenca, provoca sangria e tira ímpeto de máxima histórica

11 set 2023, 11:59 - atualizado em 11 set 2023, 13:07
fiis fundos imobiliários
Índice de fundos imobiliários recua impactado por desempenho negativo do segmento de papel

O pregão desta segunda-feira (11) tem quase duas horas, mas o destaque do dia está definido: o fundo imobiliário Hectare CE (HCTR11), que desaba mais de 20%. Com isso, as cotas do FII entraram em leilão por pelo menos quatro vezes nesta manhã.

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O desempenho negativo reflete o comunicado divulgado pelo HCTR11 na sexta-feira (08), no qual anunciou um corte drástico de 66% nos rendimentos a serem pagos este mês.

Enquanto o valor referente a julho, pago no mês passado, foi de R$ 0,50 por cota, o dividendo de agosto recuou para R$ 0,1705 por cota. Os valores serão pagos na sexta-feira (15).

O fundo imobiliário alegou que a distribuição de rendimentos “sofreu momentânea redução em relação ao observado nos últimos meses”.

Contudo, o HCTR11 alega que a queda do valor é “devido à restrição imposta pela diminuição do saldo contábil acumulado, em decorrência da remarcação em períodos anteriores de alguns ativos a valor justo pelas regras contábeis vigentes”.

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Com o tombo nesta segunda-feira, o FII acumula perdas de mais de 60% no acumulado de 2023. O desempenho reflete a crise de inadimplência de pagamento de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), iniciada em março deste ano, quando o Hectare CE chegou a pagar dividendo de R$ 0,70 por cota.

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HCTR11 tira ímpeto do índice de fundos imobiliários

No entanto, a forte desvalorização das cotas do Hectare CE joga um balde de água fria no índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3, que perde o ímpeto para atingir a máxima histórica de 3.253 pontos.

Na sexta-feira (08), o Ifix avançou aos 3.239 pontos, no maior patamar desde o começo de janeiro de 2020. Porém, hoje, recua na esteira do dia ruim dos fundos do segmento de papel.

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Por volta das 13h05 (de Brasília), o índice de FIIs tinha queda de 0,38%, aos 3.228 pontos. O volume de negócios era normal para o horário, perto de R$ 80 milhões.



Além disso, o HCTR11 puxa a desvalorização de outros fundos de papel, como o Devant Recebíveis (DEVA11) e Versalhes Recebíveis (VSLH11), que recuavam 7,2% e 5%, respectivamente, no horário acima.

Por outro lado, o Valora CRI Índice de Preços (VGIP11) se salvava da sangria e subia 1,8%.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.