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Fundos imobiliários tiram foco de gigante da Bolsa em operação de quase R$ 800 milhões

26 fev 2024, 13:59 - atualizado em 27 fev 2024, 11:56
Assai 1T22
Índice de fundos imobiliários abre a semana em queda; FIIs vendem imóveis e reduzem exposição em Assaí (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 abre a semana com viés de correção após ganhos recentes e sucessivas máximas históricas.

Com isso, o Ifix opera em queda no pregão desta segunda-feira (26) e, por volta das 13h55 (de Brasília), recuava 0,25%, aos 3.354 pontos. Contudo, alcançou mais um recorde no começo dos negócios, chegando a 3.363,65 pontos.



Com o movimento de baixa, a maioria dos mais de 100 FIIs listados recuam, com destaque para o Hectare CE (HCTR11). O fundo de papel recuava 2% no horário acima.

Em contrapartida, entre os poucos que sobem, a maior alta era do BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11), de 2,1%, tentando reverter o tombo de 3,5% na sexta-feira (23).

Fundos imobiliários movimentam quase R$ 800 milhões

A gestora TRX informou ao mercado que está em uma grande operação que envolve a venda de oito imóveis e a compra de outros três. A maioria está localizada em cidades do interior. Tal transação soma quase R$ 795 milhões.

Em comunicado, os FIIs TRX Real Estate (TRXF11) e TRX Real Estate II (TRXB11) explicam que na operação de venda, sete dos empreendimentos atualmente estão locados para o Assaí.

Os empreendimentos que abrigam a gigante do varejo alimentar estão em Ipatinga (MG), Porto Velho (RO), Dourados (MS), Macaé (RJ), Rio de Janeiro, Araçatuba e Bauru (SP).

O oitavo imóvel fica em Águas Claras (DF) e está locado para o GPA. As vendas somam R$ 613,4 milhões, com cap rate médio de 7,25%, considerando os valores atuais de aluguéis mensais.

Por outro lado, o TRXF11 comprou três empreendimentos em Goiânia (GO), Joinville (SC) e Campinas (SP), por R$ 181,5 milhões. Todos eles têm contrato de locação com a Decathlon.

O sócio da TRX e gestor do TRXF11, Gabriel Barbosa, comenta que a compra de lojas locadas para a Decathlon garante um fluxo de receita estável e de longo prazo para o fundo.

“Com as vendas, diminuímos nossa concentração em Assaí, que até então ocupava 45% da nossa carteira. Com essa megaoperação, além do ganho financeiro, conseguimos também tornar o portfólio de inquilinos do FII ainda mais diversificado. Isso reduz nosso risco financeiro e proporciona maior segurança para os cotistas”, avalia.

Os FIIs dizem que as vendas e as compras serão feitas de forma parcelada, a serem quitadas em até 18 meses. A TRX acredita que os acordos sejam assinados em até 120 dias contados a partir de hoje.

Operação rende lucros de até R$ 14

O TRXF11 estima lucro de R$ 109,6 milhões, ou R$ 7,12 por cota. Já o TRXB11 calcula ganhos de R$ 46,4 milhões com as vendas, o equivalente a R$ 14,49 por cota. A taxa interna de retorno (TIR) é de 14,12%.

Além disso, a gestora ressalta que a operação terá redução significativa na alavancagem dos fundos, de R$ 329,9 milhões para o TRX Real Estate e de R$ 62,8 milhões para o TRX Real Estate II. Os valores são de saldo devedor de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) que financiaram a aquisição dos imóveis locados para o Assaí.

O TRXF11 reforça que, quando consumada a operação, os investidores serão informados dos impactos decorrentes da aquisição dos ativos Decathlon.

*As cotações citadas são do site Investing.com

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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