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Geosys vê possível atraso no plantio de soja no Centro-Oeste por baixa umidade do solo

03 set 2021, 20:07 - atualizado em 03 set 2021, 20:07
Soja
Em Mato Grosso, produtores de soja pretendem antecipar o plantio, apostando em chuvas previstas para chegar até o fim de setembro (Imagem: REUTERS/Jorge Adorno)

O plantio de soja no Centro-Oeste, maior região produtora de grãos do país, começa neste mês e a expectativa da Geosys Brasil indica que os produtores podem se deparar com pouca chuva e altas temperaturas, com potencial para atrasar a semeadura, disse a empresa nesta sexta-feira.

De acordo com técnicas de sensoriamento remoto da companhia, as temperaturas podem atingir 40 graus em praticamente toda a região nos próximos 15 dias.

“Os modelos europeu e americano apontam chuvas acima da média somente em parte do Mato Grosso e em algumas áreas de Goiás. Nas demais regiões, são esperadas chuvas acima da média apenas em algumas áreas do Norte e Nordeste”, alertou a Geosys.

Em Mato Grosso, produtores de soja pretendem antecipar o plantio, apostando em chuvas previstas para chegar até o fim de setembro, mais cedo do que em anos anteriores, conforme reportagem da Reuters publicada nesta quinta-feira.

Na avaliação da Geosys, no entanto, a chuva esperada para Mato Grosso é de 4 a 14,5 milímetros em grande parte do Estado.

“Apesar do baixo volume, a umidade do solo está um pouco acima em relação à observada neste período do ano passado, quando houve atraso do plantio da soja devido à seca. Com isso, as condições de solo se apresentam melhores que na safra anterior neste momento”, pontuou a empresa.

Já para Goiás, cidades como Jataí e Rio Verde, apresentam umidade do solo 10% abaixo da média, estimou a Geosys.

Ela disse que a previsão aponta alta da temperatura e chuva em algumas áreas goianas, o que pode dificultar a semeadura da soja, prevista para iniciar na segunda quinzena do mês.

No Mato Grosso do Sul, a chuva ocorreu de forma mais generosa e houve melhora da umidade do solo em agosto.

Mesmo assim, o levantamento indica que a precipitação acumulada nos meses de julho e agosto ficou muito abaixo da média similar ao registrado nos anos de 1999 e 2006, que tiveram os menores índices na comparação dos últimos 30 anos.

“Para os próximos dias praticamente não há previsão de chuva e a umidade do solo deve permanecer abaixo da média, o que não favorece o plantio da soja.”

Segundo a análise, a baixa umidade também pode comprometer a safra de trigo em algumas áreas do oeste do Paraná.

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