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Gol (GOLL4) dispara 20% após conclusão da recuperação judicial nos EUA; tickers vão mudar

09 jun 2025, 11:40 - atualizado em 09 jun 2025, 11:40
Gol
Ações da Gol disparam em reação à conclusão do Chapter 11 (Imagem: Divulgação/Gol)

As ações da Gol (GOLL4) abriram o pregão desta segunda-feira (9) em disparada, em reação à saída da aérea do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11), cerca de um ano e meio após dar entrada.

Por volta de 10h50 (horário de Brasília), GOLL4 avançava 20,91% na B3, a R$ 1,33. Acompanhe o tempo real.



Segundo o comunicado, divulgado na sexta-feira (6), a companhia aérea está preparada para seguir ampliando sua posição de liderança na aviação latino-americana, tendo em vista uma situação financeira fortalecida, a posição de mercado, suporte da Abra, entre outros fatores.

Vale lembrar que a Gol levantou US$ 1,9 bilhão em financiamento de saída durante o processo judicial e quitou integralmente seu financiamento DIP (debtor-in-possession), que nada mais é do que uma modalidade de crédito específica para empresas em processo de recuperação judicial, que visa fornecer os recursos financeiros necessários para que a empresa opere e atinja seu objetivo.

Com a saída do Chapter 11, a aérea detém uma posição de liquidez de aproximadamente US$ 900 milhões, alavancagem significativamente reduzida de 5,4 vezes e alavancagem líquida projetada inferior a 3 vezes até o final de 2027.

Para o Bradesco BBI e Ágora Investimentos, agora, fora do Chapter 11, a Gol pode se concentrar na execução de seu plano de cinco anos. No entanto, os analistas mantêm a recomendação de venda para as ações, dado o preço de conversão de R$ 0,01/GOLL4 no aumento de capital que será realizado.

Aumento de capital da Gol

Um aspecto relevante da conclusão da reestruturação financeira da companhia aérea é o aumento do capital mediante a capitalização de créditos contra a companhia, no valor de R$ 12 bilhões, conforme anunciado na aprovação do plano de saída da recuperação judicial.

Isso significa que a empresa vai converter créditos que já tem contra ela mesma. Assim, em vez de pagar determinada dívida em dinheiro, a companhia irá oferecer ações.

O aumento de capital ocorrerá por meio da emissão de 8,1 trilhões de ações ordinárias e 968,8 bilhões de ações preferenciais, diz o documento. O preço de emissão foi definido em R$ 0,00029 por ação ordinária e R$ 0,01 por ação preferencial.

Importante destacar que os detentores de ações da Gol até o dia 11 de junho de 2025 têm direito de preferência na compra das novas ações emitidas no âmbito da capitalização, a fim de manter posição na companhia. O exercício do direito vai do dia 12 de junho a 14 de julho de 2025.

Mudança de ticker

A partir do dia 12 de junho, as ações da companhia passarão a ser negociadas “ex-direito de preferência” e, devido ao início do período de operação do direito, as ações da Gol terão novos códigos de negociação, novo fator de cotação (R$ por 1.000 ações) e novo lote padrão de negociação (1.000 ações).

A negociação com os direitos de preferência na B3 também se dará por meio de lote padrão de negociação de 1.000 direitos e com fator de cotação de R$ por lote de 1.000 direitos.

Com as mudanças, os tickers ficam da seguinte maneira:

  • GOLL3 (ações ordinárias) se torna GOLL53.
  • GOLL4 (ações preferenciais) se torna GOLL54.

Os códigos de negociação das opções sobre GOLL3 e GOLL4 serão ajustados automaticamente em GOLL53 e GOLL54, respectivamente, os quais terão fator de cotação de 1.000  ações e lote padrão de negociação de 100 ações, conforme a B3.

Essa mudança nos tickers, no fator de cotação no lote de negociação ocorre em meio à grande diluição causada pelo aumento do capital, que tende a abaixar significativamente o valor da ação em tela — que  fechou em R$ 1,10 na sexta-feira (6).

Segundo a B3, a negociação das ações no mercado fracionário, ou seja, em quantidades inferiores a 1.000 unidades de ativo, será permitida.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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