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Gol (GOLL4) está fora do Ibovespa, informa B3

29 jan 2024, 20:15 - atualizado em 29 jan 2024, 22:51
Gol (GOLL4)
De acordo com o Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3, empresa em recuperação judicial não pode integrar os índices (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

A B3 (B3SA3) excluiu a Gol (GOLL4), que entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos, de todos os índices, incluindo o Ibovespa, o principal da bolsa brasileira.

“A decisão ocorre em virtude do pedido de Chapter 11 do United States Code pela companhia perante o Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, bem como das demais repercussões no mercado, conforme Fatos Relevantes divulgados em 25, 26 e 29/1/2024”, informou.

De acordo com o Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3, empresa em recuperação judicial não pode integrar os índices.

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Com isso, a Gol segue os passos da Americanas (AMER3), que também saiu do Ibovespa quando entrou em recuperação em janeiro de 2023.

Segundo analistas, a saída do índice é prejudicial para a ação, principalmente no que diz respeito à liquidez do papel.

Além do Ibovespa, a Gol foi excluída dos índices IBRA, IBXX, ICO2, IDVR, IGCT, IGCX, ITAG, IVBX e SMLL ao seu preço de fechamento após o encerramento do pregão regular de 30/1/2024, sendo sua participação redistribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira com o pertinente ajuste nos redutores.

A GOLL4 segue negociada normalmente, mas passa a ser listada na B3 sob o título de “outras condições” a partir do pregão de 30/1/2024.

Saída melancólica da Gol

A Gol sai do Ibovespa com um tombo histórico de 33%. De acordo com levantamento de Einar Riveiro, diretor da Elos Ayta Consultoria, a Gol perdeu mais de R$ 2 bilhões em valor de mercado em 2024 e se aproxima ao valor da CVC (CVCB3).

Em sua recuperação, a empresa declara dívidas de R$ 20 bilhões, sendo que R$ 3 bilhões vencem no curto prazo. Inúmeras corretoras tem rebaixado a recomendação da ação para venda ou abandonado a cobertura diante das incertezas.

O BB Investimentos foi um deles. A corretora lembra que considerando a negociações anteriores realizadas entre companhias aéreas e credores/lessores e a magnitude do endividamento da companhia em relação à geração de caixa (~5,0 dívida líquida/Ebitda UDM no 3T23), é concreta a possibilidade de que parte da dívida seja convertida em ações.

“Em um cenário base onde o controlador (ABRA), que possui US$ 1,2 bilhão em títulos de dívida, realize tal conversão, estimamos um fator de diluição acima de 60% para os acionistas correntes, com preço-alvo de R$ 2,40”, discorre.

Na sexta, o Bradesco cortou o preço-alvo da Gol de R$ 10 para R$ 1, também citando o risco de liquidez.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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