Mercados

Gol (GOLL4): O que explica a disparada de 58% em junho? Saiba se rali deve continuar

30 jun 2023, 18:23 - atualizado em 30 jun 2023, 18:23
GOL
A Gol foi a ação do Ibovespa que mais subiu no mês, tendo acumulado uma alta de 58,29% no período (Imagem: Facebook/GOL Linhas Aéreas)

O setor aéreo está decolando na Bolsa. As ações de Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) voltaram a disparar em junho diante da melhora das projeções para o cenário macroeconômico local.

A Gol foi a ação do Ibovespa que mais subiu no mês, tendo acumulado uma alta de 58,29% no período. No ano, a companhia salta em torno de 80% na Bolsa. Enquanto isso, a Azul (AZUL4), com um salto de 98,55% nos seis primeiros meses, está no topo do ranking de maiores ganhos do índice.

Um conjunto de fatores tem beneficiado esses dois papéis. Pode-se dizer que um dos principais motivos é o aumento de expectativa de proximidade de corte de juros no Brasil após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O documento trouxe a tão esperada sinalização de início de ciclo de afrouxamento da Selic que faltava no comunicado.

Motivos por trás da disparada

Nesta semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que, na opinião das autoridades, o comunicado tinha “deixado a porta aberta”, mas acabou gerando ruídos no mercado financeiro. A ideia, afirmou, era indicar que o afrouxamento monetário está no radar, seguindo uma mensagem mais parecida com a da ata.

A melhora do quadro de inflação levou a projeções mais positivas do BC. No último Relatório Trimestral de Inflação, a autoridade monetária melhorou as estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2023, de 1,2% para 2%.

Outra notícia comemorada pelos investidores é a manutenção da meta de inflação em 3% para 2026 após reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

O encontro de Campos Neto com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) também levou à decisão de adotar um modelo de meta de inflação “contínua” a partir de 2025.

  • Meta de inflação em 3% anima mercado brasileiro: Já é possível sonhar com Ibovespa nos 150 mil pontos? Veja aqui a resposta do analista da Empiricus Research, Matheus Spiess. Inscreva-se no nosso canal e não perca o Giro do Mercado, de segunda a sexta-feira, às 12h!

Todos esses fatores citados acima ajudaram a empurrar o dólar para baixo e fortalecer a moeda brasileira, o que serviu para lançar as ações das companhias aéreas para o alto.

Além disso, a queda do petróleo tem ajudado a aliviar o estresse com os preços do combustível de aviação.

Para completar, a demanda por viagens está se recuperando bem, com Azul e Gol divulgando melhora nos dados de tráfego.

Em relatório publicado neste mês, a Genial Investimentos destacou a resiliência da demanda por viagens em 2023, impulsionada pela retomada dos volumes de tráfego internacional, “o que resultará em melhorias operacionais para o setor nos próximos meses”.

O que fazer com GOLL4?

A Genial tem recomendação de “manter” para as ações da Gol por não ver potencial de upside (alta) a esta altura. O preço-alvo sugerido é de R$ 8,20, o que sinaliza que o papel pode cair aproximadamente 38%.

Enquanto isso, a XP Investimentos estima um potencial de valorização de 67% para o nome, considerando o alvo de R$ 22 – embora a recomendação seja “neutro”.

O Itaú BBA está com recomendação de “marketperform” (desempenho esperado em linha com o mercado) e alvo de R$ 9.

Confira as maiores altas do Ibovespa em junho:

Empresa Ticker Alta em junho (%)
Gol GOLL4 58,29
Yduqs YDUQ3 40,87
Azul AZUL4 29,73
Assaí ASAI3 27,91
Braskem BRKM5 24,04

Confira as maiores baixas do Ibovespa em junho:

Empresa Ticker Queda em junho (%)
Méliuz CASH3 -12,25
Magazine Luiza MGLU3 -11,32
Alpargatas ALPA4 -10,92
Via VIIA3 -9,66
Petz PETZ3 -9,24

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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