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Gol (GOLL54) despenca 40% nesta quinta (26) em meio à volatilidade; entenda o que está por trás

26 jun 2025, 16:50 - atualizado em 26 jun 2025, 17:47
Gol
Ações da Gol seguem operam em grande volatilidade após saída do Chapter 11 (Imagem: Divulgação/Gol)

As ações da Gol (GOLL54) registraram queda superior a 40% no pregão desta quinta-feira (26), em meio à volatilidade extrema causada pela enorme diluição dos acionistas e mudanças na negociação dos papéis, decorrente de um aumento de capital.

As ações GOLL54 (equivalentes a um lote de 1.000 ações) encerraram a sessão com queda de 32,96%, a R$ 63,00. Acompanhe o tempo real.



A notícia de saída da recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11) no início deste mês deu início a um momento de destaque peculiar para as ações na Bolsa, como consequência do plano de capitalização de R$ 12 bilhões, que envolve a emissão de 8,1 trilhões de ações ordinárias (a R$ 0,00029 por ação) e 968 bilhões de ações preferenciais (a R$ 0,01 por ação).

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Importante ressaltar que o plano de capitalização dá direito de preferência na subscrição aos acionistas da companhia. Com isso, desde o dia 12 de junho as ações são negociadas na B3 sob nova cotação (valor em reais por 1.000 ações), novo lote padrão de negociação (1.000 ações) e novos códigos de negociação (GOLL53 para ações ordinárias e GOLL54 para ações preferenciais).

Esse cenário colocou a ação da Gol em um cenário de volatilidade extrema e os fundamentos da companhia no curto prazo apontam para uma cotação semelhante à do aumento de capital— R$ 0,01 — ou R$ 10 por papel GOLL54, considerando que esse código representa um lote de 1000 ações.

As ações, que chegaram a disparar mais de 400% no primeiro dia da nova negociação, acumulam queda de 73% apenas nos últimos cinco dias.

Algo parece fora do lugar na Gol

Na avaliação do BTG Pactual, algo parece fora do lugar.

A equipe de analistas, em relatório datado de 14 de junho, evidenciou que a companhia chegou a atingir R$ 240 bilhões de valor de mercado implícito no fechamento do pregão do dia 12 de junho. Esse valor considerou a nova quantidade de ações.

“Algo claramente está fora do lugar. Acreditamos que isso se deve, principalmente, ao volume muito baixo de negociação das ações, o que tem impedido o mercado de fazer uma avaliação adequada da companhia”, completam.

Uma vez que o BTG acredita em uma convergência para o valor intrínseco em algum momento, mantém recomendação de venda para a companhia aérea.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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