Comprar ou vender?

Grupo Soma (SOMA3) reporta números fortes no 4T23 e ações sobem nesta terça (26); hora de comprar?

26 mar 2024, 15:55 - atualizado em 26 mar 2024, 15:55
grupo soma
Grupo Soma performa entre as maiores altas do Ibovespa após balanço do 4T23 (Imagem: Reprodução/ Grupo Soma)

As ações do Grupo Soma (SOMA3) performam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (26), após a companhia reportar lucro líquido ajustado de R$ 113,2 milhões no quarto trimestre do ano passado (4T23). Os papéis subiam 4,01%, a R$ 7,53, por volta das 15h30.



No geral, os analistas veem os números com bons olhos, tendo superado em algumas linhas as estimativas de corretoras.

Os analistas Thiago Macruz e equipe, do Itaú BBA, avaliam os números como “decentes”, destacando que o faturamento e margem bruta vieram ligeiramente acima das estimativas, mas falhando na margem Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada.

“Os resultados do 4T23 da Soma foram decentes e esperamos que os investidores se concentrem nas vendas de curto prazo e na atividade promocional das marcas da Soma”, avaliam.

Para Hering, os analistas avaliam que os investidores provavelmente se concentrarão nas diversas iniciativas para o impulso operacional, o que poderá acelerar o crescimento e a lucratividade de longo prazo da empresa.

“Por enquanto, todos os olhos estão voltados para as oportunidades de vendas cruzadas e o potencial reconhecimento de sinergia a partir da fusão com a Arezzo, que provavelmente começará a ganhar força a partir do 2T24”, ponderam.

Com 14x P/L ajustado de 2025, a casa mantém a classificação de desempenho outperform (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para as ações.

Pedro Pinto, do Bradesco BBI, e Flávia Meireles, da Ágora Investimentos, apontam que, após incorporar os números do 4T23 em seus modelos, revisaram o lucro líquido esperado para 2024 em ligeiros 2%, para R$ 312 milhões, deixando o preço-alvo inalterado em R$ 9,00 para 2024, uma vez que as premissas de médio e longo prazo estão, em geral, preservadas.

“No futuro, todos os olhares deverão estar voltados para os próximos passos da fusão com a Arezzo&Co — esperamos que o fechamento se concretize ao final do 2T24. Por enquanto, vemos a empresa combinada sendo negociada a 13,1x o múltiplo P/L esperado para 2025 líquido de sinergias, o que parece atraente em nossa opinião”, avaliam.

Os analistas mantêm a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 9,00 para SOMA3.

Por fim, Danniela Eiger e equipe, da XP Investimentos, apontam que foram reportados resultados operacionais sólidos no quarto trimestre de 2023.

“Grupo Soma reportou mais um resultado trimestral forte, com receita em linha, mas sólida expansão de margem em cima de melhores margens brutas tanto em Soma como em Hering”.

No relatório, divulgado nesta terça (26), a corretora não especifica recomendação para o papel.

Grupo Soma no 4T23

O Grupo Soma registrou lucro líquido ajustado de R$ 113,2 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), crescimento de 13,9% sobre mesmo período do ano anterior, informou a empresa em balanço divulgado na segunda-feira (25), após o fechamento do mercado.

Sem ajustes, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 1,85 bilhão no período, após lucro de R$ 72,4 milhões na mesma etapa um ano antes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia, que detém marcas como Hering, Farm e Animale, foi de R$ 238,5 milhões no trimestre, avanço de 13,2% ano a ano.

A companhia teve receita líquida de R$ 1,5 bilhão nos últimos três meses do ano passado, alta de 10,4% na base anual. A margem bruta ajustada foi a 57,5%, de 54,6% um ano antes.

O Soma anunciou no início do ano sua união com a Arezzo&Co. “O surgimento dessa nova empresa trará grandes oportunidades de geração de valor adicional”, disse a empresa em relatório de resultados, pontuando, entre elas, a oportunidade de otimizar a gestão dos canais de multimarcas, e-commerce e franquias.

*Com informações da Reuters

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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