Market Makers

“Guedes acertou e o mercado errou”, afirma CEO da Armor Capital sobre desempenho da economia em 2022

22 ago 2022, 11:50 - atualizado em 22 ago 2022, 11:51

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O ministro da Economia Paulo Guedes acumulou importantes acertos em 2022, apesar das previsões pessimistas do mercado para a economia, afirmou Alfredo Menezes, CEO da Armor Capital, durante o podcast Market Makers. O episódio também contou com a presença de Rodrigo Campos, sócio e conselheiro consultivo da gestora.

Segundo Menezes, o ministro “errou em muitos aspectos, mas teve os seus acertos”. O gestor lembra que no início do ano, havia o consenso de que o PIB brasileiro iria cair de 0,5% a 1% em 2022. Porém, o último Boletim Focus, por exemplo, aponta para crescimento de 2,02% neste ano.

Menezes recorda ainda que o ministro conseguiu enfrentar a pandemia da covid-19.

“Durante a pandemia, injetamos dinheiro na veia. Muito gente falou que a relação da dívida/PIB iria explodir, ia para 110%. Fechou em 80%. Ah, foi por causa da inflação. É mentira. Na verdade, foi por causa da pandemia, que permitiu ter juros reais de -8%”, expressa.

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Outro aspecto positivo, segundo o gestor, foi a implantação do PIX, que “apesar de ser uma iniciativa do Banco Central, precisa ter apoio político do ministro da Economia e do Executivo“.

“O mercado errou e ele [Guedes] acertou nesse ano. Qual era o economista que acreditava que o desemprego ia cair esse ano? Não teve. A nossa inflação é menor que a americana. Quando olhamos os outros países, na média estamos relativamente bem. Se pegar a América Latina, estamos em uma situação melhor ainda”, coloca.

Veja o episódio na íntegra:

Reforma administrativa silenciosa

Apesar de não ter conseguido aprovar a reforma Administrativa no Congresso, Menezes diz que Guedes implementou medidas para diminuir o funcionalismo.

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“O que diminuiu (essa mudança) o tamanho da máquina, como na Petrobras (PETR3;PETR4), Correios e Banco do Brasil (BBAS3). O cabide de emprego emagreceu muito. Essas empresas públicas começaram a dar muito lucro. O BB só não é maior do que bancos privados porque ele tem um índice de cobertura mais alto. Temos empresas públicas dando porrada nos lucros. (O número de) funcionários do Executivo também diminuiu. A reforma Administrativa que o Guedes fez não foi pequena”, argumenta.

Para ele, apesar das críticas, Guedes foi um ministro melhor que a média de outros ministros da Economia de governos passados.

“O Nelson Barbosa, por exemplo, foi bem ruim. Tivemos uma recessão sem pandemia. Olha o que aconteceu 2014”, referindo-se à recessão econômica do período da então presidente Dilma Rousseff, quando o PIB recuou mais de 3% em 2015 e 2016, cada.

Em seu Twitter, onde possui 77 mil seguidores, Menezes já havia escrito que era preciso fazer um “mea culpa” em relação às críticas a Guedes.

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Veja o episódio na íntegra:

Onde a Armor está investindo

Em relação à visão macro, o gestor sustenta que a bolsa tem tudo para subir com as vendas menores de títulos de previdência.

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Entre os setores, Menezes afirma que possui bancos, que “tem muito para melhorar porque a inadimplência não vai ser como a gente esperava e o PIX já está na conta da rentabilidade”.

“Gostamos de bolsa no Brasil. Temos setor elétrico e setor de saúde porque a população está envelhecendo”, completa.

Já em relação à Europa, a visão é oposta. “Dificilmente o BCE (Banco Central Europeu) conseguirá controlar a inflação sem uma recessão. Cada país tem política fiscal, com uma moeda única. Estamos vendidos em euro”, diz.

Para os Estados Unidos, a Armor está mais otimista. “Os dados surpreenderam muito e os lucros estão voltando”, coloca.

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No caso do dólar, Menezes observa que atualmente o Brasil está vivendo um bom momento, com a taxa de juros alta. Mas o gestor acredita que os ventos devem mudar até o fim do ano.

“Nesse ano, teremos um piora dos fluxos no final do terceiro trimestre. Temos uma grande remessa de dividendos e juros de empresas estrangeiras que retiram recursos para enviar para as matrizes. Minha visão é ver dólar em R$ 5,6 e R$ 5,7 até dezembro”, discorre.

Veja o episódio na íntegra:

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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