Dólar

Guerra Israel-Hamas: Por que o dólar não dispara como previsto?

09 out 2023, 16:15 - atualizado em 09 out 2023, 18:08
dólar moedas câmbio israel
Guerra entre Israel e o Hamas não afeta o dólar como o previsto, mas um motivo pode estar distorcendo o desempenho da moeda (Imagem: Pixabay/Nikolay Frolochkin)

Diferentemente do esperado, o dólar à vista não opera nas máximas e nem com sinal de alta no pregão desta segunda-feira (09), a primeira com uma nova guerra em curso.

Com os conflitos entre Israel e o Hamas, iniciados na madrugada de sábado (07), a expectativa era de estresse nos ativos financeiros globais, principalmente no petróleo e na moeda norte-americana.

Frente ao real, o dólar operou em alta até meados desta tarde, chegando às máximas de R$ 5,18 no começo dos negócios.

Porém, inverteu para queda e, por volta das 16h15 (de Brasília), a divisa recuava 0,3%, cotada a R$ 5,13 para venda, no menor valor desde terça-feira. Enquanto isso, o contrato futuro de dólar com vencimento em novembro caía 0,2%, a R$ 5,14.

Por que o dólar não salta com guerra?

Uma das explicações para o dólar não saltar nesta segunda-feira, segundo o economista e consultor André Perfeito, é que o mercado entende que o conflito no Oriente Médio será local.

“Apesar da alta do petróleo [de quase 5%], a reação nos mercados têm sido discreta ao avaliar que a guerra em Israel contra a Faixa de Gaza será limitada a região. Isso faz que os ativos não caiam fortemente”, avalia.

Perfeito também pondera que o Brasil “está longe” de determinados ruídos globais, o que pode explicar o movimento de baixa frente ao real.

Entretanto, outro fator pode estar pesando ainda mais no desempenho mais tímido da moeda americana. O mercado americano está feriado devido ao feriado de “Colombus Day” nos Estados Unidos.

Sem o principal mercado, a precificação do dólar perde a referência e os efeitos da guerra podem vir tardios, amanhã, com movimento de correção. Além do retorno das negociações dos títulos norte-americanos (treasuries).

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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