Comprar ou vender?

Há 10 razões para comprar as ações da Vale, antes que os gringos o façam

18 maio 2020, 1:50 - atualizado em 18 maio 2020, 4:16
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Os investidores estrangeiros estão segurando poucas ações da Vale no momento e, segundo analistas, isso tende a mudar em breve (Imagem: Olli Geibel/ AFP/ Vale)

Apesar da forte volatilidade dos mercados financeiros em todo o mundo por conta da pandemia do coronavírus, o minério de ferro se manteve quase intocado em 2020 e negociado a US$ 90 por tonelada. É uma queda de apenas 4%, enquanto a média de outros metais é de 13%.

Enquanto isso, a Vale (VALE3) despencou quase 40%, muito mais do que as suas principais concorrentes. A Rio Tinto e a BHP têm queda de 24% e 28%, respectivamente e a Fortescue alta de 10%. A diferença é injustificável, aponta o Credit Suisse em um relatório enviado a clientes.

Os analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão ressaltaram que os investidores estrangeiros estão segurando poucas ações da Vale no momento, e que isso tende a mudar em breve.

Eles listaram 10 motivos para comprar as ações da mineradora brasileira que, segundo eles, têm um potencial de 70%. A avaliação foi realizada com base nos ativos negociados em Nova York (VALE). O preço-alvo é de US$ 14.

1 – Na China, o comércio transoceânico já foi retomado em 70%, o que gera suporte para os preços do minério de ferro. As taxas operacionais dos altos fornos estão subindo e os estoques de aço estão caindo rapidamente.

2 – As ações da Vale estão precificando minério de ferro por US$ 58 por tonelada em perpetuidade (36% abaixo do à vista).

3 – O múltiplo do valor da empresa sobre o Ebitda (EV/EBITDA) está no nível mais baixo dos últimos 10 anos, com 3,1 vezes em 2020 e 2,7 vezes em 2021. A média história é de 5,5 a 6 vezes, bem acima das mineradoras australianas (4,2 vezes).

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As ações da Vale estão precificando o minério de ferro a cerca de 36% abaixo do à vista (Imagem: Vale/Marcelo Coelho)

4 – A empresa é uma “história de reavaliação” com novos avanços: desativação de barragens de rejeitos, possível acordo com os promotores sobre Brumadinho e resoluções regulatórias.

5 – Fluxos de caixa livre “sólidos” para 2020 e 2021 (10 e 13%, incluindo os pagamentos de Brumadinho).

6 – Possível restabelecimento da política de dividendos em 2020. O Credit Suisse calcula os rendimentos em 9%.

7 – Proteção cambial: a cada queda de 10% do real há um aumento de 5% no Ebitda da Vale.

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Os custos do processo de mineração tendem a cair após a retomada do crescimento dos volumes vendidos (Imagem: Agência Vale)

8 – Os custos básicos de mineração (C1) tendem a cair US$ 2 a tonelada, para abaixo de US$ 14, no segundo semestre como reflexo da recuperação das vendas.

9 – Queda nos preços de frete em cerca de US$ 3 a tonelada no segundo trimestre, de US$ 17 nos três primeiros meses.

10 – Por fim, os analistas ressaltam que a posse das ações entre investidores estrangeiros ainda é pequena e um aumento potencial no volume vendido do minério de ferro pode gerar um momento positivo significativo para as ações.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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